segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Calendário de provas para 2012

Fechando 2011 é hora de começar o plano para 2012.  O planejamento inicial se baseia nas provas que eu pretendo fazer e a partir daí, monto o plano de treinos. Para estabelecer as provas descritas abaixo levei em consideração a logística necessária (custos), o perfil das provas (preciso de algumas de corrida e de pedal difícil para melhorar) e variação (provas curtas, longas e de uma modalidade só). Meu calendário ficou assim:


-15/01/2012, Gatorade Series Robina (sprint).
-12/02/2012, Geelong 2.80.20 long course triathlon.
-03/03/2012, Ironman New Zealand, Taupo, NZ.
-15/04/2012, Sydney Dextro-Energy Olympic Triathlon.
-01/07/2012, Gold Coast Asics Half-Marathon.
-August, Marathon, Brisbane Running Festival.
-25/11/2012, Kingscliff Olympic Triathlon.
-02/12/2012, 70.3 Asia-Pacific Championships, Laguna Phuket, Thailand.

Agora é começar a treinar!!!

Abraços!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Resumo das competições do ano

Eu acredito que sempre podemos aprender com o passado, mas para isso precisamos registrar as informações para que não sejam esquecidas.
Não vou escrever tudo que se passou nas provas em que participei este ano pois seriam páginas e mais páginas de textos, então decidi escrever uma frase que representasse cada prova que fiz e o que eu aprendi. Espero que gostem.

-Março - Mooloolaba Tri (Triatlo olímpico): Umas das provas que DEVEM ser feitas se você é triatleta e vem para cá. Único incomodo foi ter que ir lá deixar a bike um dia antes da prova e voltar para dormir em casa (100km cada perna). Natação sem roupa de borracha, pedal com algumas subidas logo no início, ida e volta com vento contra na volta, corrida com subidas. Odiei cada segundo da prova até a última volta da corrida quando me senti parcialmente confortável. Lição: Não começar o ano lá! Tem que estar bem para correr esta prova!

-Abril - QLD Olympic Championships (Campeonato estadual de triatlo olímpico): Não foi uma grande prova como Mooloolaba em termos de participação pois era no mesmo dia do triatlo de Sydney. Foi perto de casa, sem ter que deixar a bike lá no dia anterior e o dia estava lindo. Natação sem roupa de borracha, 98% do pedal era plano e pouco vento, corrida no plano também. Lição: Fiz tudo muito bem, e acho que poderia ter forçado mais no pedal e mantido o ritmo na corrida (diminui no final da primeira volta e me arrependi).

- Junho - Challenge Cairns (Distâncias de Ironman): Primeira edição da prova aqui na Australia, realizada no nordeste do nosso estado, mas tão longe que o voo foi de 2 horas e pouco. Era minha prova alvo do primeiro semestre, natação em um lugar onde tinham sido vistos uns crocodilos, pedal de vistas maravilhosas do oceano com subidas e retorno no meio da estrada entre Cairns e Port Douglas (não me agradou muito), e corrida eu não sei porque parei na T2. Lição: NUNCA usar NENHUMA nutrição ou hidratação (este foi o meu caso) que não tenha sido EXAUSTIVAMENTE testado nos treinos!!!

-Agosto - Brisbane Running Festival (Meia maratona): festival com várias distâncias para correr aqui na cidade e perto de casa. Estava sem o que fazer e a minha técnica me pediu para correr alguma coisa, e daí eu fui. O dia estava fechado e bem abafado (aquele calor úmido caracteristíco daqui), e fiz a prova como treino sendo 4x5km progressivos e 1km para fechar. Lição: Tudo correu bem e só confirmei que eu corro melhor progressivamente. Me senti um lixo nos primeiros 15km e depois melhorou.

-Setembro - Kingscliff Triathlon (Triatlo olímpico): Seguindo a orientação da minha técnica em achar alguma prova para fazer, encontrei este triatlo olímpico na borda sul do nosso estado com NSW. Não muito grande, bem organizada, natação com roupa de borracha e a favor da corrente, pedal plano mas com partes do asfalto muito ruins, e corrida com uma FDP de uma subida logo na saída da T2. As minhas duas transição foram as piores de todas. Lição: Esta foi minha melhor prova de todos os tempos, contudo, se eu tivesse tido um pouco mais de atenção ao detalhes tipo: localização na transição e não fechar a roupa de borracha com todo o velcro poderia me sair melhor.

-Outubro - Noosa Triathlon (Triatlo olímpico): Segunda maior prova de triatlo do mundo em participação, perdendo somente para o London Tri. Inúmeras largadas por categorias ( só a minha tinham três!). Tivemos que passar a noite lá para fazer o check in da bike um dia antes e minha largada foi quase as 9 da manhã, então o calor já estava pegando. Natação sem roupa de borracha, pedal  de ida e volta muito bom com uma subida longa (seguido de uma descida que eu cheguei a 80km/h) e algumas partes muito estreitas, corrida no plano e um calor infernal. Lição: Poderia ter forçado mais na corrida apesar de não me sentir nada confortável no início.

-Novembro - 70.3 Port Macquarie (Meio ironman): Uma semana após Noosa fomos até Port Macquarie em NSW (9 horas de ida e 7 horas de volta de carro). O lugar é bem bonito, mas a prova como foi feita foi FD!!! Eles usaram o mesmo trajeto do Ironman Australia que acontece no mesmo lugar, mas fizeram alterações na corrida. Natação super tranquila com roupa (me bati um pouco mas fiz meu melhor tempo até agora), pedal muito FD cheio de subidas logo no início e as poucas partes partes planas com asfasto ruim e vento contra, corrida três vezes mais FD que o pedal com uns míseros 1/2km de plano por volta (duas voltas de 10.5km). Lição: Nunca mais voltar lá!!! Tô brincando... Para correr lá precisarei de muito treino específico, e da próxima vez, chegar mais cedo ou escolher outro meio de transporte (de carro foi muito cansativo para nós dois).

-Dezembro - Ironman Western Australia: Segunda prova lá. Tudo sempre muito tranquilo naquele paraíso e desta vez em um hotel melhor e com mais facilidades (cozinha no apto). Natação contornando um pier chamado "Jetty" (teoricamente fácil), pedal de três voltas de 60km plano (algumas inclinações ridículas), e corrida 100% no plano ( o calor deste ano foi infernal). Lição (ões): Não mudar a estratégia mesmo com vento contra na bike (me segurei pois achava que poderia quebrar), a combinação: pés molhados, tênis quase novo e meias novas NÃO FUNCIONA!!!!


Estas foram as provas do deste ano, mas apesar do ano estar terminando eu ainda não estou de férias já que meu calendário continua até março.
No próximo post eu vou registrar o que tem para o ano de 2012!

Abraço!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ironman Western Australia 2011 - Dor de garganta e bolhas nos pés

Não vou escrever que a minha participação no Ironman do Oeste da Austrália foi boa ou ruim, apenas vou descrever como duas situações podem fazer com que os planos mudem: dor de garganta e bolhas nos pés.
Fizemos nossa viagem na terça-feira, na semana da prova, e foi tudo bem tranquilo. Chegamos em Perth, capital do estado no início da tarde, e logo fomos para o hotel onde passaríamos a noite, e no outro dia teríamos a viagem (3 horas de ônibus) para a cidade onde é realizada a prova: Busselton. Entre a tarde e a manhã da viagem tive tempo de dar duas corridas: uma com a Niara e outra sozinho (sem relógio).
No outro dia encontramos todo o pessoal (viajamos com um grupo), e depois do café embarcamos para Busselton. Viagem tranquila e logo estávamos nos organizando em um ótimo apartamento no Abbey resort. Ótimas instalações com banheira de hidromassagem, sacada, ar condicionado, bela cama, e o mais importante na nossa opinião: uma cozinha completa!!! Assim podemos fazer as principais refeições em casa!
Resumindo a história. Fiz alguns treinos, descansei bastante, arrumei meus equipamentos, levei a bike para a transição e chegou a noite antes da prova. Antes de contar como foi a minha noite e a prova, gostaria de mencionar que TUDO em relação ao clima estava diferente. Ano passado de manhã cedo estava 8-10 graus de temperatura, este ano: 20-22 graus. Ano passado sem vento, este ano: ventava muito! Ano passado o mar estava uma lagoa, este ano: mexido, muito mexido.
Continuando...na noite anterior a prova estava tudo tranquilo, me alimentei bem, e estava me sentindo muito confiante. Como eu nunca consigo dormir bem antes de uma prova de Ironman, fiz o que eu normalmente faço, assiti teve até umas 10 da noite e fui para cama. Consegui cochilar até a 1 da manhã e quando eu acordei, não conseguia engolir saliva sem sentir a garganta doer. Me bateu o desespero pois passou pela minha cabeça não largar!!! Alguns minutos depois comecei a pensar que mesmo com dor de garganta e sem nenhum outro sintoma eu poderia fazer a prova. Tentei dormir de novo, e depois de uma hora estava bem desperto. Como a largada é foi as 5.45am, a Niara acordou as 2.15 e logo eu já estava de pé. A dor estava um pouco menor mas mesmo assim qualquer coisa que eu comia ou bebia doía para engolir.
Fomos para transição, chequei a minha bike, e organizei todo meu material (garmin, hidratação, pneu reserva, CO2, sapatilhas com elásticos, nutrição, capacete, óculos). Logo depois coloquei a roupa de borracha e fomos para largada. Dei um beijo na Niara e fui para a beira da praia. No fundo eu sabia que tinha algo (gripe, resfriado, etc), mas resolvi me concentrar somente no que eu podia controlar.
A prova:
Natação: Início tranquilo, mas entrando mais no mar, começou a ficar muito mexido. Depois da metade peguei uma corrente que me tirou um pouco do trajeto mais curto e tive que fazer um pouco mais de força. A visibilidade das bóias não foi das melhores, contudo não foi uma natação ruim. Meu tempo: 1h06min. Fiz acima do previsto e depois de me culpar por isso aceitei e me concentrei na transição e logo no pedal.
Transição 1: Este ano eles inovaram...e aumentaram a corrida para pegar a sacola da bike na transição. Outra coisa que eu não curti foi ter que obrigatóriamente deixar o número dentro da sacola. E isto foi exatamente o que eu tinha dentro da sacola: meu cinto com o número. Fiz o mais rápido que eu pude, e mesmo me enrrolando um pouco para colocar a roupa de borracha dentro da sacola fiz bem: 3min20seg. Ah, e para os mal acostumados de plantão: ninguém fica a disposição para ajudar a tirar a roupa de borracha. Se tu chamar algum voluntário, eles te ajudam, mas não é como o Ironman Brasil que tem aquela galera pronta para ajudar. Eu tirei a minha roupa sozinho sem problemas e com certeza fiz mais rápido que se tivesse ajuda.
Ciclismo: Muito vento contra na ida, calor e em algumas partes, vento lateral. Para mim, com roda fechada, me senti um pouco instável as vezes com o vento, contudo o meu peso ajudou neste sentido... Eram três voltas de 60km e fiz da seguinte maneira: primeira 1h45min, segunda 1h48min (me sentindo bem) e terceira 1h48min. Eu tentei ser o mais conservador possível contra o vento e acelerei o máximo no vento a favor. Hidratação e nutrição funcionaram bem e fechei o pedal em 5h21min. Mais uma vez, acima do planejado, e apesar de não estar feliz com o fato, decidi que teria que buscar na T2 e corrida.
Transição 2: Pela primeira vez depois de 6 Ironmans e 1 Challenge, eu terminei o pedal e fiz um desmonte como se estivesse em um sprint triatlo!!! Super confortável, pulei da bike e saí correndo! Fui para a T2 muito rápido, peguei a minha sacola, escolhi uma cadeira e chamei alguns voluntários para me ajudar. Eles passaram protetor solar e vaselina, enquanto eu colocava as meias e os tênis. Depois disso saí correndo e colocando o cinto com o número. Tempo da T2: 2min13seg.
Corrida: 4 voltas de 10.5km. Saí firme e de acordo com o plano fiz a primeira volta no ritmo de 5min/k, contudo estava sentindo um desconforto na sola dos pés e que aquilo pareciam bolhas, e nos dois pés!!!
O clima foi esquentando e depois de um chuvisco, o sol veio contudo. Não sei qual foi a real temperatura mas escutei que podia ser algo entre 35 e 38 graus. Fiz a segunda volta sentindo muito as bolhas e diminuí o ritmo. O calor foi me massacrando e as bolhas estavam me doendo em cada passo que eu dava. Foram mais de 30km correndo e sentindo como se agulhas estivessem sendo fincadas na sola dos dois pés a cada passada. Caminhei, corri, quase chorei, fui no banheiro e pensei em não sair de lá (hehehehe), e assim fui indo até chegar nos últimos 200 metros. Fui acompanhando alguns atletas e senti que poderia dar mais um esforço, e corri um pouco mais forte até aquele magnífico corredor. Aproveitei cada metro daquela que foi uma das provas mais duras que eu já fiz. Tempo final: 11h07min
Depois de tudo fui para tenda médica checar meus pés e encontrei a Niara. Na tenda da alimentação comi um pedaço de lazanha e logo fomos para o hotel. O meu pós prova foi como deveria ser: a gripe tomou conta do meu corpo e fiquei muito mal com todos aqueles sintomas por dois dias, mas nem por isso deixei de beber umas Coronas no jantar de premiação.
Em alguns dias eu voltarei a escrever sobre o o nosso retorno para casa, o que vale uma postagem completa.
Abraço!



Obs: Em março tem mais, Ironman Nova Zelândia.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ironman Western Australia 2011 - Expectativas

Em 10 dias nós estaremos mais uma vez em Busselton, no Oeste da Australia, para o Ironman Western Australia 2011. Esta será a minha segunda participação nesta prova e a minha oitava prova de ultra endurance.
A minha expectativa é uma das melhores pois apesar das lesões que tive este ano posso dizer que fui muito consistente. Com certeza eu não teria muito sucesso na tentativa de impressionar os outros contando o que eu fiz pois não foi nada excepcional. A minha visão a respeito do treinamento para um ironman, a partir do ponto que você adquire uma boa base, é treinar de forma inteligente, buscar melhorar tecnicamente e priorizar a rápida recuperação.
Para este ano o meu treinamento foi muito semelhante ao do ano passado, com algumas positivas exceções. Comecei o meu ano em fevereiro contratando uma técnica de triatlo, a Rebekah Keat do Team TBB online, e nossa relação tem sido muito positiva. Eu sigo as orientações dela, contudo, nós sempre temos a oportunidade de discutir o que é o mais adequado levando em consideração a minha opinião. Desde fevereiro tive alguns problemas com lesão, mas nunca deixei de fazer alguma coisa. Por exemplo: quando não podia correr, fazia dois treinos de bike. Cheguei a fazer 10 horas só de bike em uma semana!
Outra coisa que eu fiz foi competir mais. Fiz quatro triatlos olímpicos, um meio ironman,um ironman (challenge) e uma meia maratona. Eu fiz a maioria destas provas com o objetivo de treinar e testar táticas e equipamentos. Nunca escondi de ninguém que o meu objetivo maior é Busselton, mas fiz todas as outras provas de maneira competitiva.
O período de treinamento que fui submetido na preparação desta prova serão no total de 25 semanas (estou contando a partir de uma semana após o Challenge Cairns quando fiz uma semana leve pós prova), e a média semanal de horas treinadas foi aproximadamente de 14 horas. Ano passado eu fiz 21 semanas e 10 horas de média.
O que eu espero desta prova?
Eu espero fazer uma prova consistente e bater o meu recorde pessoal de 10h42min. Eu e a minha técnica sabemos o que é possível realizar, e por enquanto, os detalhes (parciais, objetivos, táticas, etc), irão continuar pertencendo às pessoas relevantes ao assunto.
Só sei que eu estou me sentindo bem, feliz, grato e preparado para tudo que possa acontecer.

Não sei se teremos internet disponível (baixo custo) em Busselton, mas vou tentar manter o blog atualizado com mais informações.
Grande abraço!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Como são os meus treinos

Neste tempo em que estamos vivendo aqui na Austrália eu tenho bastante tempo para me informar a respeito de treinamento no triatlo entre outras coisas relevantes e um pouco de cultura inútil. Eu tenho lido muitos especialistas falando a respeito do treinamento de triatlo para longa distância e posso dizer que existe um consenso onde a qualidade deve ser priorizada e o volume reduzido. É importante frisar que a diminuição do volume ou antes de ingressar em um treinamento baseado no minimalismo, muitos fatores devem ser observados cuidadosamente. O perfil do atleta é um dos fatores que deve ser analisado para que a prescrição seja adequada considerando a experiência e os objetivos do mesmo.
Quando se trata de um atleta com um pouco mais de experiência treinando para uma prova de ironman, eu não consigo entender como algum técnico ainda prescreve um treino de 180km, pois se a base já está construída e não é a primeira experiência do atleta nesta distância, porque submete-lo à todo este estresse??? Bom, esta é a minha opinião, cada um faz o que quer e o que acha que é adequado, contudo, eu ainda acho que vale a seguinte reflexão: Se eu fizer (atleta) ou prescrever (técnico) menos volume qual será o resultado final? Será que se meu atleta fizer menos volume e com mais qualidade (mais específico) ele/ela vai se sentir menos estresse mental e fazer uma prova melhor? Todos somos diferentes e precisamos de treinos diferentes, e com isso, alguns sim, precisarão de 180km na bike e outros não. O mesmo acontece com a intensidade nos longos.
Porque muita (mas muita) gente faz os treinos de fundo no ritmo de prova?? Será que eles/elas sabem para que serve o treino longo? Será que o técnico sabe porque está prescrevendo o treino longo? Mais uma vez, todos são diferentes, mas treino aeróbio, continua sendo treino aeróbio.
Depois de ler tantos blogs, sites e revistas resolvi dividir uma semana dos meus treinos com vocês. Não costumo fazer isso, pois acredito que o treino deve ser estritamente específico e com certeza não serve de modelo para ninguém. Como eu recebo meus treinos da minha técnica Rebekah Keat pelo Team TBB, eu vou descrever os treinos de uma forma bem superficial para evitar problemas.
A semana que eu descreverei é esta em que estamos (14/11 a 20/11), e a prova alvo será em duas semanas, o Ironman WA.

Segunda-feira:
-Natação: 3,000m, com série uma série de 100m no ritmo de prova.
-Corrida: 46min, regenerativo com 20min de fartlek no meio.
Terça-feira:
-Ciclismo: 1 hora, regenerativo com 20min de fartlek no meio.
Quarta-feira:
-Transição: ciclismo 1hora e 30min, com 30min em ritmo mais forte que na prova no meio e corrida 30min com alguns tiros anaeróbios.
-Natação: 2,800, regenerativo com uma série leve de 400m.
Quinta-feira:
-Ciclismo: 1 hora e 15min, com série curta de força.
Sexta-feira:
-Corrida: 1 hora e 45min, longo com os últimos 20min no ritmo de prova.
-Ciclismo: 1 hora regenerativo (fácil).
Sábado:
-Ciclismo: 2 horas e 30min, com alguns tiros de 5min acima do ritmo de prova.
-Natação: 2,000, regenerativo com alguns tiros curtos de perna.
Domingo:
-DESCANSO!!!!!!

Em breve mando mais notícias sobre parte final de preparação para o Ironman WA.

Abraço!!!


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

70.3 Port Macquaire 2011



Muitas coisas aconteceram desde a semana passada para nós pudessemos estar em Port Macquarie, Nova Gales do Sul para o meio ironman (70.3). Durante o retorno do Noosa Triathlon na semana passada nosso carro começou com alguns barulhos no cambio e após uma visita ao mecanico fomos alertados a não usar o carro para viagens longas. Na sexta-feira depois de tentar pedir algum carro emprestado, tivemos que alugar um. Não foi tão caro e alugamos um mais potente e confortável que o nosso. Para viajar quase 600km teria que ser muito confortável, e foi. Saímos na sexta-feira às 3 da tarde pois a Ni tinha trabalho até às 2. A viagem foi longa, pegamos engarrafamento logo na saída para Gold Coast, e conseguimos chegar no hotel em Port Mac a 1 da manhã (no estado de NSW eles tem horário de verão, então perdemos uma hora de sono na ida).
No sábado tomamos café, peguei o kit de prova e organizei o material para deixar a bike no mesmo dia. Uma coisa que eu estou me aperfeiçoando é usar cada vez menos equipamentos durante as provas, e isso me ajuda principalmente nas transições, que tem sido feitas muito rapidamente.
A prova:
O dia estava muito limpo e com um vento fraco mas constante as 6 da manhã. A largada dos prós foi cinco minutos antes da nossa, às 6.30. A água estava com 21.3º e a roupa de borracha era opcional. Eram mais ou menos uns 700 amadores alinhados dentro da água para a o início da prova. Não tive muitos problemas com o "bate-bate" da natação, apesar de ter participado somente de provas com largadas por bateria nos últimos meses. A visibilidade das bóias não estava muito boa mas como era um circuito relativamente reto de ida e volta, não tive nenhuma dificuldade em me manter no trajeto. Quando finalizei a natação olhei para o relógio estava lá o que eu estive procurando por alguns meses: nadar para 30 minutos os 1900m, e foi o que eu consegui fazer. melhor natação de todas. Fiz uma transição limpa e rápida. Saí para o pedal sem conhecer o trajeto, mas sabia que tinham diversas subidas. Tinha uma parte que era só sobe desce e quando cheguei em uma parte plana (bem curta, tipo menos de 10km), me sentia cansado e sem força na pernas. Foram diversas subidas e descidas até chegar em uma "parede" onde eu coloquei uma das marchas mais leves e a bike quase parou! Fiquei com dor nas mãos de tanto puxar a guidão para ter mais força, e quando cheguei lá em cima eu me sentia exausto! Pensei em desistir várias vezes pois eu sabia que aquele não era um pedal que eu estava proposto a fazer e que parecia que eu não iria me recuperar na segunda volta. Pensei muito em desistir mesmo, mas o que me fez continuar foi o medo. Medo de ter que enfrentar a minha esposa que dirigiu por quase 9 horas após trabalhar o dia inteiro para estarmos ali. Eu acreditei que o que poderia acontecer comigo poderia ser pior do que aceitar o fato que eu não estava pedalando bem por alguma razão. Sendo assim continuei, pois a prova não acaba no ciclismo. Fiz outra transição rápida (uns 12 segundos mais lento que a primeira pois tive que colocar as meias para correr). Apesar de não ter muita força para pedalar, a minha corrida começou relativamente confortável e aos poucos comecei a impor meu ritmo. Assim como o circuito do pedal, o trajeto da corrida tinha pouquíssimas parates planas. Era uma parte do trajeto do ciclismo com muitas lombas. Foi uma corrida muito dura, e com certeza, a mais dura que eu já fiz até então. Fui muito cuidadoso ao dosar a intensidade durante as subidas e isso me ajudou a progressivamente aumentar o ritmo do início até o fim. Fiquei muito feliz por ter terminado esta prova e mesmo não batendo meu recorde pessoal, o tempo final foi satisfatório. Eu acho que o fato de não pedalar o que eu esperava foi muito mais dolorido no meu ego do que em outra parte do meu corpo e o fato de ter que administrar este sentimento em um trajeto de corrida muito duro, foi uma experiência excelente para aumentar a minha resistência mental. Me sinto muito mais forte mentalmente agora.
Eu já analisei e encontrei os porques de eu não ter pedalado bem naquela prova e na próxima vez eu sei exatamente o que fazer e o que não fazer.
Em menos um mês teremos mais uma prova, o Ironman Busselton, que é o meu objetivo deste ano e estou certo que será a minha melhor prova de todas.







Grande abraço!

domingo, 30 de outubro de 2011

Noosa Triathlon 2011 - Como foi a minha participação

Hoje participei do Noosa Triathlon 2011, e obtive os resultados que eu estava esperando.
Foram 51 largadas e a minha foi a de número 34 às 8.43 da manhã. O tempo estava muito bom, ensolarado, quente e úmido. Antes da minha largada consegui assistir a chegada do vencedor na profissional, o australiano do Team TBB e noivo da triatleta suiça Caroline Steffen, David Dellow. O Macca também estava lá.
Minha prova: aqueci na água por uns 5-10 minutos e minha largada foi em ponto. Fiz as linhas mais retas possíveis de uma bóia para outra. Consegui me manter em um grupo no início mas do meio para o fim fiz meu próprio ritmo. Foi a minha melhor natação sem roupa de borracha em todas as provas que fiz por aqui e talvez a melhor de todos os tempos. Testei um novo e diferente óculos de natação (sim, eu usei antes nos treinos). Eu costumava usar aqueles suecos e decidi ver se me adaptava a um par de óculos com mais proteção, e foi satisfatório.
A primeira transição foi rápida, mesmo tendo que dar uma baita volta para pegar a bike. E a série de testes continuou. A roda fechada com o "cover wheel" e a garrafa entre os antebraços para me hidratar foram excelentes. Mesmo descendo a quase 80km/h e com alguns ventos laterais que me deixaram um pouco mais "atento", a roda traseira funcionou. Fiz um bom 15km (tinha uma subida de 3km após os primeiros 10km), contudo, o que eu fiz nos últimos 25km foi excepcional. Nunca tinha feito um pedal tão bom! Melhor 40km (na rua) de todos os tempos. Fiz uma parceria com um colega de treino e ficamos nos "puxando" por um bom tempo. A propósito, a prova era sem vácuo, e respeitamos a distância válida pelo regulamento.
A segunda transição foi muito rápida. Sem comentários!
Comecei a corrida muito devagar pois estava com receio de passar mal por causa do calor e fiz um tempo bem mais ou menos nos primeiros 5k, mas o segundo 5k foi tão diferente que parecia que eu tinha acordado! hahahahaha! Fechei a prova muito forte e obtive todos os resultados necessários para classificar esta prova de forma muito positiva.
Semana que vem tem mais, Ironman 70.3 Port Macquarie!
Mando notícias a respeito logo, logo!


Abraço!

sábado, 29 de outubro de 2011

Objetivos para Noosa Tri 2011

Estamos na noite que antecede uma das maiores provas de triatlo no mundo em número de participantes, o famoso Noosa Triathlon. A primeira é o London Triathlon.
Como esta não é a minha prova alvo, mesmo sendo muito concorrida e excitante, eu tenho os meus próprios objetivos bem definidos. Para esta prova, que tem a distância olímpica, eu estarei testando os seguintes equipamentos e estratégias:
-Sistema de hidratação daqueles e que prende a garrafa de água/isotônico no meio do clip.
-Sistema de fechamento da roda traseira (aero cover wheel).
-Posição mais alta no clip usando uns espaçadores.
-Ingestão de gels a cada 45min ( não faço isso normalmente).
-Natação sem roupa de borracha (dependia da temperatura da água).
-Manter pelo menos 230W de potência de forma constante.
-Manter por volta de 80rpm.

As largadas serão por etapas e eu estarei começando a prova no primeiro dos 4 grupos destinados para a categoria 35-39 anos, às 8.43. Depois serão somente os revezamentos. Não gosto de largar tarde pois a possibilidade de pegar mais vento na bike é maior, e ainda, o calor será maior na corrida.
Não estou reclamando pois é um grande evento e vale muito a pena estar aqui.

Grande abraço!!!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fazendo treinos diferentes e interessantes

Nas próximas 6 semanas eu estarei competindo em três provas de triatlo: Olímpico, Meio Ironman e Ironman. Pela primeira vez eu estou mantendo o meu peso corporal depois de treinar e fazer uma prova de longa duração, o Challenge Cairns. Normalmente, o que acontecia, era muito foco (ou estresse) no treinamento e na prova, e depois de terminar a prova, não tinha motivação para treinar. Desta vez eu e a minha técnica, abordamos de forma diferente, e mesmo não tendo completado o Challenge Cairns (fiz a natação e o ciclismo) e sofrido todo o estresse dos treinos e da prova, eu não parei de treinar. Eu tive uma semana muito leve depois da prova no início de Junho, e de lá para cá foram em média 15 horas de treino muito bem balanceados por semana. Não consegui chegar ao meu objetivo de peso corporal, 76 kilos, mas eu compensação eu mantive o mesmo peso.
Treinando por muito tempo sem folgar mais do que um dia ( eu tenho um dia sem treinos, que é no domingo), o estresse físico começa a acumular e como eu sou suscetível a ter lesões relacionadas a minha pelve e quadril, mesmo tendo cuidado as lesões acabam aparecendo. Depois de tratar com fisioterapeuta e fazer massagem uma vez a cada 15 dias (gostaria de fazer toda semana mas é muito caro aqui), eu conversei com a minha técnica e nós conseguimos encontrar uma forma de treinar sem me expor as lesões. Para mim o que me causa mais problemas é a corrida, principalmente, o longão. A solução encontrada foi fazer os treinos mais longos dividindo em dois ou três treinos mais curtos por dia. Por exemplo: ela queria que eu corresse três horas e me deu como opção: 2 horas fácil pela manhã e 1 hora de fartlek a tarde ou três corridas de 1 hora. Eu escolhi fazer três treinos de 1 hora, sendo: 1º Percurso com lombas (muitas), 2º Intervalado (fartlek) e 3º Fácil (esse eu fiz com a minha esposa). Ótimo treino e com uma qualidade acima da média. Eu já tinha feito um treino de 5 horas na bike semelhante: 2 horas fácil, 2 horas c/ série de força (baixa cadência e bem pesado) e 1 hora intervalado bem intenso.
A utilização desta forma de treino foi excelente pois atende as minhas necessidades e traz muito mais qualidade na execução.
Em breve trarei notícias das provas que vou participar nas próximas seis semanas.
Abraço!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dura adaptação

Estamos morando há uns dois anos e meio aqui em Brisbane, e desde que cheguei tinha, dentre outros, dois objetivos bem claros: conseguir trabalho e treinar triathlon. Bom, o segundo está acontecendo e muito bem, já o primeiro está um pouco mais complicado. Vou explicar porque.
Aqui para trabalhar em academias precisa ter um curso técnico de fitness (certificado ou diploma de fitness) ou um curso superior (Ciências do Exercício). Na teoria parece tudo normal, na prática, muito diferente. Quem tem o curso técnico (3 a 12 meses de duração) trabalha basicamente como professor de ginástica em academias, clubes, em parques, etc. Quem tem curso superior normalmente trabalha como fisiologista do exercício em clubes, clínicas de reabilitação e hospitais. Até aí tudo tranquilo, e então qual é o meu problema?
A minha formação e experiência profissional, no nome, se equivalem ao fisiologista do exercício, mas na prática eu não posso trabalhar como tal pois eu não tenho algumas disciplinas necessárias para pedir equivalência e poder me registrar no orgão regulador da profissão. Por outro lado, mesmo tendo o diploma de fitness, eu não consigo me adaptar ao mercado superficial (na minha opinião) do fitness daqui.
Existem outras diferenças como por exemplo, a maioria esmagadora de personal trainers aqui são autônomos e pagam aluguel para as academias. Na penúltima entrevista que eu passei me ofereceram uma franquia no valor de 1,800.00 dólares, mais o seguro de 700.00 e aluguel de 320.00 por semana. Dá para recuperar este investimento? Claro que dá! Mas após uma minuciosa leitura no contrato descobri que além da duração de um ano (se não tiver cliente tem que tirar o aluguel do próprio bolso e se quiser terminar o contrato tem que pagar a diferença mais encargos), após o término do contrato eu teria que ficar sem aceitar nenhum trabalho em local próximo da academia ou atender ex-alunos da mesma. Muitos outros detalhes do contrato me fizeram desistir da proposta. Na minha última entrevista, me ofereceram um emprego que eu teria que "viajar" pelo menos três horas por dia, para ir e voltar.
O fato que me chama mais a atenção quando eu penso sobre a indústria do fitness aqui é que, no meu ponto de vista, eles tem um conceito equivocado sobre o que é "ser fit" e "ser saudável". O ser fit é muito mais relacionado a imagem que as pessoas tem de ti. Por exemplo: Se eu perdi peso e e as pessoas percebem, eles dizem: "Você parece fit". Quando se relacionam ao quanto estão saudáveis, mencionam como sentimento."Eu me sinto saudável". O problema é quando se relaciona ao fitness eles vendem como se o "fit" e o saudável fossem a mesma coisa e conceitualmente, não são.
E esse é o meu maior desafio para trabalhar por aqui, eu conheço os conceitos e os sigo. Eu não treino um cliente que quer ser saudável buscando melhorar a performance (até onde eu estudei performance e saúde não são sinônimos), e eu não treino atletas para serem saudáveis, eu treino para melhorarem a performance.
Para resumir, eu tenho que disputar um lugar no mercado de trabalho com pessoas que estudaram no máximo 10% do que eu estudei, eu tenho que trabalhar sem acreditar ou concordar como a indústria do fitness funciona  e eu não posso usar plenamente o meu conhecimento.
Sim, estou um pouco estressado com esta situação, mas eu já estou certo no que eu preciso me focar. No final do ano vou fazer o teste de proficiência de inglês (pela terceira vez) e vou me matricular no Mestrado em Fisiologia Clínica. Assim, após 1 ano e meio, eu vou poder trabalhar no que eu sei fazer, ajudar as pessoas a se tornarem mais saudáveis.
Abraço!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Puresport Kingscliff Triathlon 2011

Voltei a competir em um triatlo depois de alguns meses só treinando. Meses frios e muitos treinos indoor...
Bom, minha técnica sempre me pede para me inscrever em algumas provas menores para não ficar só treinando, e foi assim que eu me registrei na distância olímpica do Kingscliff Tri. Desta vez a prova foi a 100km ao sul daqui de casa, em Kingscliff, NSW (Nova Gales do Sul).
Nosso dia começou às 4 da manhã (a Niara acordou 15 minutos antes...eu sei, mulheres...), após uma rápida organização, saímos às 4.20. A transição fechava às 6.45, e teríamos que fazer o trajeto por volta de 1h20min, para ter um tempo confortável para organizar as coisas. Viagem tranquila e chegamos com folga para a prova. O dia estava perfeito e um pouco frio, mas estava esquentando aos poucos.
Fiz meu registro, peguei meu kit (com uma viseira da 2XU!), preparei as coisas, coloquei a bike na transição (não tinha uma ordem na bikes, mas cada corredor era de uma categoria). Uma das coisas que eu me impressiono por aqui nas provas (os amigos do triatlo no Brasil me digam se acontece isso aí também, pois não me lembro.) são os caras com tanta coisa na transição que parece que estão indo fazer um pic-nic! Cheguei para pegar um lugar no cavalete e tinham dois com tudo espalhado usando o espaço de três pessoas! Tinha que fotografar! As minhas duas únicas coisas no chão eram os tenis e a viseira (que estava em cima dos tênis!).
Voltando para a prova. A minha largada era às 8.15 e era há uns 15 minutos caminhando até lá. A natação foi em uma entrada para o mar (aqui chamam de Creek), e a roupa de borracha estava liberada. Chegamos com antecedência no local da largada, fiz meu aquecimento (água gelada!) e logo depois a largada. Me posicionei bem na esquerda do nosso pelotão (50 atletas), evitei o maior congestionamento e fiz uma linha reta até a bóia do primeiro retorno. Após eu me coloquei atrás de dois atletas e fiquei lá por volta de 500 metros (não conseguia enxergar pois o sol estava de frente e usei eles como referência). Quando eu comecei a me orientar no percurso, decidi que eu tinha que botar o meu ritmo e larguei eles para trás. A água apesar de muito fria, era muito limpa e azul! Saí da natação e já comecei a tentar tirar a roupa de borracha (sim, aqui não tem ninguém para tirar a roupa para nós), e tive algum problema pois o velcro ficou muito preso e perdi alguns segundos até soltar e baixar a roupa até a cintura, o que faz parte da regra. A roupa deve ser abaixada até a cintura e retirada do lado da bike. Me perdi um pouco com a bagunça da transição, mas logo me encontrei, tirei o resto da roupa colocando óculos e capacete. Saí para o pedal me sentindo um pouco cansado porque eu forcei na natação e ainda me estressei com a por... do velcro da roupa. Demorei um pouco para encontrar o meu ritmo, mas em um percurso de 4 voltas de 10km, logo na primeira volta consegui ir me encontrando. Tinham alguns amigos fazendo a prova e um deles estava na minha categoria. Nadamos praticamente no mesmo tempo e no pedal ficamos trocando posição para aumentar cada vez mais o ritmo. O vácuo não é permitido em nenhuma prova na categoria aqui na Austrália, então sempre respeitamos a distância para o atleta da frente. É claro que haviam alguns poucos "pelotes" pois tinham na prova de distância olímpica 300 atletas, mas se formavam e logo se desfaziam. No meu caso, quando eu estava vindo mais forte que os outros na minha frente ou quando tinha alguém "perdido" na parte de dentro da estrada eu gritava educadamente para voltar para esquerda e assim eu tinha espaço para passar. No trajeto não tinham muitos retornos, pois eram somente duas curvas para esquerda e dois retornos de 180 graus. O piso não era dos melhores com alguns buracos e uma parte com asfalto novo, e tinha apenas uma leve inclinação (o resto era plano). Na última volta, os meus amigos passaram um pequeno  pelotão e eu decidi esperar um pouco e não forçar para passar. Em poucos minutos o pelotão se desfez e eu pude voltar ao meu ritmo em direção à T2. Fechei o pedal com 233 watts de média o que foi um pouco abaixo do que eu esperava mas foi melhor que a última prova olímpica em Abril. Para fechar o pedal, por falta de atenção aos detalhes fiz o desmonte uns 20 metros do lugar marcado... e me perdi de novo na transição! PQP!!!!! Mesmo assim saí junto com os meus amigos para correr. A corrida foi muito interessante! Logo no início (nem 300 metros) e já tinha uma subida curta e bem inclinada, depois tinha uma descida e outra subida leve, mas mais longa que a primeira. Fiz forte a primeira subida passando meus dois amigos, mas logo depois um deles me passou e foi embora. Depois disso entramos em um parque fazíamos o retorno perto da praia e voltávamos cruzando uma ponte e após costeando o local da natação até a transição. Após a transição íamos em direção à chegada correndo na grama e com algumas pequenas elevações e aí fechava a primeira das duas voltas. Me senti muito bem após a primeira volta e consegui colocar um bom ritmo para fazer uma corrida consistente. Eu não tinha idéia alguma a respeito do tempo pois eu tenho corrido sem relógio ultimamente, e o meu objetivo nesta prova era só fazê-la como treino. Mesmo assim, eu acabei fazendo um tempo muito bom para os meus padrões, e batendo um recorde pessoal que eu tinha em um triathlon olímpico desde 2001. Naquela ocasião eu representava a Força Aérea Brasileira no primeiro campeonato de triatlo das Forças Armadas na Academia da Força Aérea, em Pirassununga. Ontem, bati meu recorde pessoal por quase 2 minutos e ainda fiquei em 11º lugar dos 50 atletas inscritos na minha categoria.
Voltei a treinar hoje e agora a próxima competição será uma das mais pretigiadas provas de triatlo na Austrália e no mundo, a Noosa Triathlon. Esta já foi a prova com o maior número de inscritos no mundo, é a maior em número de atletas competindo na Austrália.Com certeza absoluta é uma daquelas provas que se for triatleta e passar algum tempo aqui na Austrália TEM QUE FAZER!!! (fotos abaixo)











Grande abraço!

domingo, 4 de setembro de 2011

Boas lembranças

Esta semana eu estava pensando sobre várias coisas que aconteceram quando eu tinha meus 20 anos e lembrei de uma aventura (loucura) que eu e um grande amigo fizemos. Eu havia "sobrado" no processo seletivo e militar e mesmo assim participei de um concurso público (e passei) para me tornar soldado especializado da aeronáutica. Durante o período em que eu fiz a prova e até ser chamado foram mais ou menos 3 meses, no verão!
Eu pedalava quase todos os dias com uma mountain bike de ferro da monark e o meu amigo Denilson, que pedalava comigo, tinha uma caloi aluminum. Um dia nos decidimos ir até a praia!
Bom, foi bem assim, sem preparação ou treinos, decidimos e pronto! Meu amigo tinha um lugar para ficar na praia de Remanso (140km pela estrada velha), bem perto de Xangrilá, e poderíamos ficar lá o verão inteiro.
Nosso plano foi traçado da seguinte maneira:
-A viagem deveria ser feita à noite e durante a semana para evitar o tráfego.
-Não poderíamos ir pela BR 292 (não tenho certeza se este é o nome daquela rodovia que vai para o litoral norte do RS), pois a Polícia Rodoviária Federal poderia no parar, então o plano era ir pela estrada velha (por dentro de Gravataí, eu acho).
O "plano" foi feito e saímos exatamente a meia-noite (isso mesmo a meia-noite!), de uma quarta-feira. O meu amigo com uma garrafa de água, de bermuda de surfista, camiseta, tênis e fone de ouvidos (walkman), e eu com os mesmos "equipamentos", só que a minha bike tinha um olho de gato atrás e nos pedais, e eu estava de boné. Deu para perceber a completa falta de noção se segurança, falta da capacidade de resolver algum problema mecânico (nem kit de reparo ou câmara reserva), e muito menos alimentação!!!! Hoje pensando sobre o que fizemos, eu não consigo entender como alguém consegue ser tão sem noção para fazer um negócio daqueles! Muito bem, saímos às 12 horas em ponto e nos dirigimos até a BR 116 e depois para aquela BR que vai para Gravataí. Muitos caminhões passando, buzinando e nós procurando qual era a saída para Gravataí. Muito perigoso!!! Achamos a estrada velha e fomos parando em postos de gasolina, que estavam obviamente fechados, para pegar e descansar um pouco. Eu lembro que vimos poucas pessoas na rua, poucos carros e muitos (muitos mesmo) cachorros soltos e correndo atrás de nós! Vários ficavam escondidos e somente nos atacavam quando estávamos perto deles! Lembro que eu tive que parar pois tive cãimbra em uma subida no caminho. Fora os cachorros, cãimbra e a completa falta de iluminação em grade parte do percurso, aquela noite estava maravilhosa com temperatura amena, sem vento e uma lua que brilhava tanto que parecia um sol na noite. Quando estávamos perto de Santo Antônio da Patrulha nós queríamos comer qualquer coisa que aparecesse! Estavámos morrendo de fome!!! Vimos um senhor com uma sacola de pães e perguntamos onde era a padaria. Ele disse que estava fechada ainda mas poderíamos perguntar ao padeiro se ele poderia nos vender algo. Compramos três pães para cachorro quente (daqueles grandes) e empurramos goela abaixo com muita água!
A partir daquele ponto conseguimos avistar a estrada do mar e um nascer do sol de arrepiar. Lindo!
Continuamos a nossa viagem e logo na entrada da estrada do mar tivemos que enfrentar um vento contra muito forte. Fisicamente foi um desafio! Pedalamos por algum tempo até encontrar alguma entrada para a rodovia interpraias. Quando chegamos na interpraias conseguimos ver o mar e a nossa primeira atitude foi jogar as bikes na areia e tomar um banho de mar!!! Foi uma felicidade enorme, mesmo sabendo que faltavam alguns quilômetros para chegar. Logo depois liguei para meu pai e minha mãe para contar que eu estava bem, e foi um alívio para eles.
Mais alguns quilômetros e chegamos na casa da praia (na realidade era um sítio) e as primeiras providências foram tomadas: banho, comida e descanso. E eu não sentei no banco da bike por alguns dias...só para recuperar (doía os ossinhos)!
Muita loucura, valeu muito a pena a aventura, e com certeza nós tivemos muita sorte.
Boas lembranças.
Abraço!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tudo indo como planejado






Algumas novidades neste período que eu fiquei sem das as caras por aqui.
No final do mês de julho fomo s até Sydney para o exame prático de medicina da Niara. Assim como aconteceu no ano passado, o hospital designado para a prova estava localizado em um bairro afastado do centro da cidade. Então, fizemos o nosso dever de casa logístico (horários de trem foram checados e contatei um amigo que mora na cidade para nos ajudar).
Tudo acertado, fizemos as malas e partimos para o aeroporto na tarde de quinta-feira. O voo foi super tranquilo, e após uma hora e meia estávamos pousando em Sydney. Nosso amigo Marcus estava nos aguardando no aeroporto, e após pegarmos as malas, fomos para nossa segunda viagem, desta vez, de trem. Foram dois trens e depois de uma hora chegamos no nosso hotel. Convidamos nosso amigo para a janta e aproveitamos para falar sobre tudo. Muito legal! Eu não tinha uma amizade tão próxima com o Marcus em Porto Alegre, mas vivendo por aqui nos tornamos muito amigos. Ele é um cara que eu terei o maior prazer em ajudar quando ele precisar, pois não é qualquer um que vai até ao aeroporto para nos esperar, viaja uma hora de trem até o hotel e ainda viaja de volta mais uma hora. Isso tudo depois do trabalho e chegando em casa depois das 11 da noite!!! Além disso fez uma churras no sábado!!!
A Niara ficou a sexta-feira inteira estudando e eu saí para correr em um lugar perto do hotel. Corri por tudo: lomba acima, meio do mato (trilha no meio do mato mesmo!), em um parque. O lugar era perfeito!
Sábado foi o dia do exame. A Niara saiu cedo e eu fiquei no hotel. Saí para caminhar, voltei, almocei, dormi duas vezes, comi chocolate (kit kat), etc. O dia foi longo.
Ela voltou e fomos até a casa do Marcus para um churras. Conheci alguns amigos dele, uns de POA outros de Sydney, foi bem legal!
Uma coisa bem interessante aconteceu quando decidimos voltar para o hotel. Eram 10 da noite e a viagem até o hotel era de uma hora. Eu sei que aqui existe violência como em qualquer lugar no mundo, mas a escala por aqui é muito menor. Pegamos o trem (estação cheia!), caminhamos até o hotel uns 800 metros aquela hora (11.30), e tudo foi tranquilo.
No outro dia, fomos conhecer (a Ni já conhecia), o famoso Opera House e a Sydney Harbor, local histórico para o triatlo mundial onde foi realizada a primeira prova olímpica de triatlo em 2000.
Local muito movimentado. Me pareceu que domingo ao meio-dia ir ao Opera House e tomar o café da manhã em um daqueles restaurantes é o programa favorito de muita gente (aqui é hábito tomar o café da manhã mais tarde e fora de casa nos finais de semana).
Pegamos mais um trem, desta vez para o aeroporto, e depois de algumas horas já estávamos de volta em casa.
No último final de semana corri uma meia maratona aqui em Brisbane. A minha técnica Bek Keat me pediu para correr alguma prova para liberar um pouco da tensão de só estar treinando e não competindo. Ela queria que eu fizesse alguma prova de corrida e como teria esta meia aqui no final de semana, me inscrevi. O objetivo era de correr como se fosse um treino, e foi isso que eu fiz. Não defini um pace a ser seguido, e fiz tudo como se eu fosse sair para fazer um treino longo no domingo de manhã. Um dia antes no sábado, saí para correr quase na mesma hora da prova (por volta das 6 da manhã) fazer uns tiros de um minuto, e fechando tudo em 25 minutos. Eu tenho treinado mais no turno da tarde, então eu queria sentir um pouco do frio que eu teria no dia prova. Não era para adaptar meu corpo ao frio pois precisaria de pelo menos umas duas semanas para isso, mas eu precisava sentir um pouco de frio.
No domingo acordei às 5 da manhã (a largada foi às 6), saímos às 5.20. Não estava tão frio (10graus), mas estava muito úmido (98%). Decidi que eu "quebraria" os 21.1km em 4x5+1.1km, sendo: 1-aquecendo, 2-moderado, 3-firme, 4-forte e o último 1.1km muito forte.
Foi tudo de acordo com o plano com exceção do primeiro 5km. Fiz muito forte, e então eu baixei o pace no segundo. A partir daí foi tudo certo. Não usei o Garmin na prova, até porque eu uso o GPS nos treinos porque eu tenho curiosidade em saber a distância. A distância na prova foi aferida oficialmente e não vi motivo de usar o equipamento. Eu só chequei o tempo a cada 5km, e fiz uma corrida controlada, sem perder forma e progressiva. Foi um ótimo treino e o tempo foi razoável, 1hora e 37minutos19segundos.
Na segunda-feira recebemos o resultado do teste da Niara e ela passou no exame!!! Ficamos muito felizes e aliviados que o pesadelo do exame se foi. Ela merece depois de tudo que passou na vida profissional e pessoal! Nosso time está mais forte do que nunca e indo para os nossos objetivos como se fosse um trem fretado lotado de cargas levando tudo que vem pela frente!!!
Hoje temos mais comemorações, a Niara levou uma champagne para o hospital para comemorar com as colegas e eu já fiz uma reserva em um restaurante de fundue para hoje a noite!

Grande abraço!!!

domingo, 26 de junho de 2011

Colocando os fatos em dia!


Bem pessoas, depois de alguns dias estou postando de novo.
Estou de volta aos treinos depois do Challenge Cairns, e posso dizer que eu estou mais forte fisicamente e mentalmente após aquela prova. Várias pessoas daqui vieram conversar comigo tentando me confortar e me conformar com o que aconteceu na prova. Fiquei bem feliz e agradecido, mas eu sinceramente não sinto como uma derrota o fato de não ter corrido na prova, pelo contrário, eu consigo ver muitos pontos positivos e apenas um negativo.
Os treinos recomeçaram logo que eu cheguei em casa, e eu só não treinei na segunda-feira pós prova porque nós tivemos que viajar de volta para casa. Assim, eu fiz uma semana (terça até domingo) fazendo um esporte por dia alterando os três esportes. treinos leves e curtos. Muitas vezes eu já comentei com a minha técnica que eu realmente gosto do processo (treinos) e como eu estou me adaptando muito bem ao Team TBB, até agora eu não senti nenhum tipo de fadiga por causa dos treinos. Aquela sensação de que estou sobrecarregado ou que eu não consigo nem olhar para a bicicleta depois da prova faz tempo que não aparece.
Para este novo ciclo eu ofereci para a minha técnica o meu feedback sobre o que eu acreditava que poderíamos manter e o que poderíamos mudar, tudo em forma de sugestão fundamentada. Ela ficou bem feliz e alterou algumas partes dos meus treinos, o que ficou muito mais atrativo e está possibilitando treinar sem ter que parar após uma prova alvo. Não posso esquecer de citar que o "Doc", o famoso e controverso técnico responsável pelo Team TBB Brett Sutton está supervisionando os treinos que a minha técnica, Rebekah Keat, está me passando, o que realmente algo excelente. Existem por aqui centenas de triatletas que gostariam que ele estivesse supervisionando os treinos, e eu fico muito honrado com o fato. Resumindo, tudo está indo muito bem para a segunda prova longa do ano em dezembro no Ironman do Oeste da Austrália.
Fora do esporte estamos nos agilizando por todos os lados para conseguir o visto permanente, o que nos ajudaria muito não só pelo fato de poder viver aqui, mas poder ter acesso a educação com um custo mais acessível, saúde, adquirir imóvel, estender o visto para a família, etc. Eu apliquei para ter a minha profissão reconhecida e a Niara está se preparando arduosamente para o exame de medicina que será no final do mês de julho. Estamos positivamente alinhados, dependemos somente de nosso esforço para conquistarmos o nosso espaço aqui e para que isto aconteça será somente uma questão de tempo.

Grande abraço e lembrando que nós dois, Niara e eu sempre ficamos muito felizes quando nossos amigos entram em contato, então se tiver um tempinho de sobra, mandem notícias.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Challenge Cairns 2011






O Challenge Cairns 2011, a primeira prova do Challenge Family, aconteceu no nordeste do estado Queensland no último domingo, e não consegui fazer o estava planejado.
Viajamos para Cairns, que fica a 2h20min voando daqui de Brisbane, na sexta-feira no início da tarde. Tudo foi muito tranquilo, e todos chegamos bem (eu, a Niara e a bike). Pegamos uma van que eu já havia contratado e fomos para o hotel. Para a nossa surpresa, o hotel era exatamente na frente das principais funções da prova: feira de produtos, registro, chegada, etc.
Nossa acomodação foi um apartamento grande com sala, cozinha e todos os utensílios para cozinhar em casa.
Mesmo chegando no hotel por volta das 4 da tarde, conseguimos ir fazer o meu registro, pegar o kit de competição e ainda dar um passeio pelo local.
A noite fomos para o jantar de massas. Nos sentamos bem na frente da mesa dos profissionais e bem na minha frente estava o Chris MacCormack, o Macca. Muito legal! Logo depois da janta, eu finalmente conheci a minha técnica pessoalmente. Eu já tinha falado pelo Skype, celular, e me comunicado por email, mas nunca pessoalmente. Ela é muito legal e muito louca! Parecia que estava a mil por hora! Super positiva, motivadora e engraçada. Disse que eu parecia com o Macca, e que eu passaria por irmão dele certo! Fala sério! Eu sou da mesma altura, peso e cor, mas as similaridades param por aí!
No sábado era o dia de levar a bike para a transição, que foi posicionada a uns 19km do centro da cidade. Foi uma função pegar ônibus, colocar a bike no caminhão, fazer o check-in, caminhar pela transição para reconhecer o local, conhecer a praia onde seria a natação (lar de uns crocodilos, segundo os locais), esperar o ônibus de novo e voltar para o hotel. Uma das coisas que eu venho me empenhando nas últimas provas é reduzir ao máximo o número de coisas dentro das minhas sacolas, e agora eu acredito que cheguei onde queria. Mantendo tudo muito simples para me concentrar no que é importante.
Na noite anterior a prova fizemos umas torradas, mas como deve ter caído algum pedaço de pão dentro da tostadeira, o apartamento ficou com um cheiro de queimado. Eu tenho rinite alérgica, e como eu devo ter inalado algum resíduo do ar, comecei a ter uma reação alérgica. O meu nariz ficou congestionado, olhos lacrimejando, e me sentindo mal. Nós não tínhamos nenhum anti-alérgico e tive que tentar dormir daquele jeito. O resultado foram mais ou menos 30 minutos de sono a noite inteira! Isso mesmo, segundo a Niara eu dormi uns 30 minutos!
"Acordei" às 3 da manhã, e fizemos todos os preparativos para pegar o ônibus para ir para largada. Na transição, chequei e organizei a bike. Falei com a minha técnica e fui me preparar para a largada.
Tudo normal até aí. A largada dos profissionais foi 10 minutos antes das categorias. Pelo posicionamento das bóias e pela quantidade de atletas, percebi que o caminho seria muito estreito saindo diretamente para a bóia da direita. O formato da natação era de um "M", composto por duas voltas e tinha que dar aquela corridinha pela areia. Temperatura perfeita, uns 22 graus e sem marolas. Me posicionei na esquerda onde tinha menos gente e quando deu a largada, dei um tiro reto para a primeira bóia. Eu consegui evitar a bateção da largada, mas nas bóias estava bem complicado, contudo eu fiquei na vantagem, batendo mais do que apanhando...
Feita a primeira volta, eu estava me sentindo enjoado e lento, então tentei nadar sozinho fazendo uma linha diferente dos outros. Eu ouvi alguma coisa dos organizadores no sistema de som que eu não consegui definir, mas parecia que seria a largada do pessoal que iria fazer a metade das distâncias. Bom, a largada deles estava programada para as 7.30, nós largamos as 6.55 e eles estavam na areia quando eu passei. Isto queria dizer que eu não estava lento! Eu estava dentro do tempo planejado. Não uso relógio, por isso não sabia do tempo.
Finalizei a natação firme, mas me sentindo enjoado e com vontade de vomitar. A natação não estava com o mar muito mexido, mas como na primeira volta e eu precisei me impor nos pelotões, acabei engolindo muita água salgada. Fiz uma transição rápida 2m37seg, e fui para o pedal.
Ainda me sentindo mal tentei beber algo e caiu que era uma bomba! Quase vomitei de novo. tentei mais algumas vezes com goles pequenos e não deu certo. Me desesperei um pouco pois estava muito bem treinado para a prova e queria fazer o melhor possível. Coloquei a cabeça no lugar e decidi que não tentaria ingerir mais nada até me sentir um pouco melhor. Depois de umas duas horas, comecei minhas tentativas de beber em pequenos goles, primeiro água, depois gatorade e por último gel diluído. Fui na tentativa e erro, e lentamente meu corpo começou a aceitar os líquidos sem problemas. Tentei comer e não deu. Eu continuei com o plano que estava dando certo. O que o percurso da bike tinha de lindo, tinha de duro. Parecia uma montanha russa consteando o Oceano Pacífico. As partes planas eram raras, ou era subindo ou descendo. O percurso era um tanto solítário pois a estrada principal estava fechada para nós e o retorno era no meio da mesma. Então, nós só voltaríamos para a transição para largar a bike. Eram 60km até Port Douglas, voltava 30km na estrada, fazia o retorno até Port Douglas de novo, e daí voltava os 60km até a transição. Segundo os próprios organizadores o trajeto tinha 183km. A vista do trajeto era de tirar o fôlego, pricipalmente quando tinha que "escalar" para chegar lá!!!
Como eu estava sem comer e bebendo muito pouco comecei a ficar fraco e perder potência. Eu estava com 208w de média até os 150km. Eu estava um pouco chateado com o que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo impressionado pois eu estava conseguindo fazer um pedal relativamente forte em um percurso duro e sem comida. Perto do km 165, fazendo uma das últimas subidas, baixei demais as marchas e a correia ficou presa atrás do cassete! PQP!!!! Eu só não caí pois a velocidade estava baixa na subida pois a roda trancou! Desci da bike, e depois de uns 5 minutos e muita graxa nas mãos, resolvi o problema!
Naquela altura da prova eu já estava pensando como eu conseguiria sair para correr com aquela condição de falta de energia e desidratação. Eu conheço o meu corpo muito bem e já conseguia sentir que estava debilitado.
Na última parte do ciclismo o vento pegou, mas para minha surpresa, consegui manter um bom ritmo no plano. Tive por volta de uma hora para decidir se iria ou não para corrida. Pensei muito e fiz o que era mais inteligente naquele momento, terminei a minha prova no final do ciclismo.
Eu não tenho nenhuma dúvida que eu tomei a decisão mais correta naquele momento, pois se eu iria conseguir terminar a maratona ou não, era uma incógnita. Eu já havia provado que eu sou muito resistente, mas eu não queria provar que eu poderia ser inconsequente. Eu poderia tentar, mas a única certeza que eu tinha até terminar a bike era que eu estava debilitado, e que as coisas poderiam piorar. Larguei a bike, entreguei meu chip e fui para tenda médica. Recebi dois litros de soro na veia e comecei a melhorar. A Niara, que é médica, constatou em mim alguns sinais de desidratação, confirmando que eu tinha tomado a decisão mais adequada para aquele momento.
Outro fator importante na minha decisão foi o fato de eu estar a três semanas sem correr por causa de uma canelite, e mesmo com a liberação do médico para correr, se eu tivesse dor a medicação demoraria mais para funcionar ou eu vomitaria tudo.
O meu tempo total até terminar a bike foi de 6 horas e 45 minutos, o que me deixou muito satisfeito. Mantendo o treino que eu estava fazendo, o prognóstico para próxima prova é muito promissor!
Voltamos para o hotel após uma longa espera pelo ônibus, comi muuuuito, e dormi umas duas horas. Voltamos para pegar as minhas sacolas e vi um dos meus colegas de time chegando! Bem legal!
Esta prova me colocou em uma situação que eu nunca havia passado, e agora eu posso dizer que a experiência foi absorvida satisfatoriamente. Não estou triste pois tomei a decisão correta para aquele momento, mas não estou feliz pois poderia ter melhorado o meu melhor tempo em um percurso mais duro. Ah, eu já voltei a correr! Corri 25 minutos ontem sem sentir nada na minha perna lesionada e sem dor alguma por causa dos dois terços que eu fiz no domingo!
Só para terminar, a minha técnica venceu a prova feminina em 9.26, e no masculino o Macca venceu em 8.15.

Grande abraço!!!

sábado, 21 de maio de 2011

Challenge Cairns 2011


Estamos a duas semanas do Challenge Cairns no norte do estado de Queensland, e a minha preparação vem sendo muito interessante e produtiva.
Eu comecei um novo tipo de treinamento desde o início de fevereiro com o Team TBB coaching online, e com a triatleta profissional, Rebekah Keat, a Bek.
Dentre os fatos que eu posso destacar a respeito desta nova parceria foram a flexibilidade, a facilidade (de entender e não de fazer!) e a maneira como organizar os treinos. Minha técnica é muito flexível e eu consigo discutir a respeito dos treinos com muita facilidade. Nossas idéias a respeito do que pode ou não funcionar nos treinamentos são muito parecidas e assim conseguimos evoluir.
Os treinos são simples, efetivos e muito bem balanceados. Um exemplo disso foi um aumento no número de horas treinadas quando eu me treinava e quando comecei com o TBB. Para o Ironman Oeste da Austrália eu fiz 21 semanas com uma média de 10 horas por semana (sim, eu sou minimalista a respeito da quantidade de horas nos treinos, e sim, funciona para mim!),e passei para uma média aproximada de 18 horas. Consegui aumentar o número de horas com um equilíbrio adequado, e assim, quase não percebi a mudança, estando muito inteiro para iniciar um novo dia de treinos. Eu lembro também, que nas minhas últimas quatro semanas eu fiz em média 10 horas de bike por semana, o que uma evolução significativa quando eu comparo com o treino do último ironman.
Eu lembro de alguns treinos interessantes que eu nunca tinha feito antes. Por exemplo: fazer um fundo de corrida no domingo de manhã cedo e fazer um intervalado curto no final da tarde. E outro: três treinos de pedal no mesmo dia, sendo um às 6 da manhã, outro às 11 e finalizando às às 4 da tarde. Todos completamente diferentes! Muito interessante!
Quanto a organização dos treinos posso dizer que eu encontrei um dos melhores meios de registrar e controlar os treinos planejados e feitos. Como eu contratei este serviço de treino online, eu tenho um cadastro no website Training Peaks, e assim eu recebo os meus treinos na minha conta do site e registro todos os treinos feitos lá mesmo. Eu posso baixar as informações do ciclocomputador, do gps ou simplesmente digitar o que eu fiz nos treinos. O que acho mais legal do Training Peaks é que eu posso detalhar tudo a respeito dos treinos e além disso, eu posso registrar como foi o meu sono (horas e qualidade), e esta informação juntamente com os treinos é sintetizada em um gráfico que me auxilia (e a minha técnica) a entender se eu estou pronto para mais uma sessão intensa ou eu preciso de um treino leve para me recuperar.
Agora a respeito da prova do dia 5 de junho em Cairns.
A prova tem as mesmas distâncias de uma prova de ironman, e será realizada em uma região considerada um paraíso no nordeste do estado de Queensland, onde fica a famosa barreira de corais.
A natação será realizada com duas voltas de 1.9km, tendo que sair da água. O fato mais interessante da região onde nadaremos é a quantidade de "vidas marinhas". O lugar é chamado de Yorkeys Knob, e segundo os organizadores, a "vida marinha" que existe lá são: mães-dágua, crocodilos, tubarões, etc. Acredito que minha natação será no tempo recorde considerando estas possíveis motivações dentro da área da natação. A roupa de borracha foi liberada para a temperatura de menos de 26 graus, mas o principal motivo será proteger os atletas das mães-dágua.
O ciclismo será realizado entre as cidades de Cairs e Port Douglas (indo para o norte e voltando duas vezes). O circuito não é plano como Busselton (Ironman WA), e em algumas partes não existe proteção contra o vento. As paisagens são lindas e a estrada parece ser boa. O percurso é considerado desafiante e pelo o que eu vi em um vídeo feito por um amigo, não existem subidas muito fortes, mas também não parece ter muito de terreno plano. É subindo e descendo o tempo inteiro na costa leste do nordeste de Queensland.
A corrida é plana, mas não existe nada de proteção contra o sol no trajeto de Yorkeys Knob até Cairns. Serão uns 16km até o aeroporto da cidade e mais três voltas para fechar a prova no centro de Cairns. Como a transição fica a uns 16km da chegada será disponibilizado transporte para os atletas e torcedores, fato que eu não achei muito legal. Assim, teremos que fazer a entrega da bike usando o transporte, voltar para o centro da cidade, e retornando mais duas vezes, para a largada e para pegar a bike de volta. vai ser um baita mão, mas vai dar tudo certo.
Esta será a primeira prova do Challenge Triathlon na Australia, e vamos pretigiar para ver no que dá. O mais legal é que tendo mais uma prova longa melhora a competitividade entre os organizadores, e assim os atletas é que vão se beneficiar nesta disputa.
Boa sorte a todos os amigos competindo no Ironman Brazil! Fiz aquela prova cinco vezes e ficaria muito feliz de ter a oportunidade de correr lá novamente. Quem sabe em 2013?
Abraços!!!


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Algumas notícias


Faz algum tempo que eu não posto nada e vou fazer uma breve atualização.
Os treinos para as competições de triatlo que programei para este ano estão indo muito bem. Agora com mais ou menos três meses de treino com o "Team TBB", e a técnica Rebekah Keat, posso afirmar que definitivamente o investimento vale a pena. Ela tem muita experiência como triatleta profissional e bom senso na prescrição dos treinos. A filosofia que este grupo segue também me agrada muito pois eles simplificam o que a maioria dos técnicos e triatletas teimam em complicar.
Um exemplo claro sobre o que eu estou falando são os meus treinos sendo passados. A intensidade das sessões é explicada como forte, médio, fraco. O volume dos treinos são em minutos. Não tem frequencímetro! Não tem que contar kilometragem! O negócio é simplicar!
Não vou ficar aqui descrevendo treinos e exaltando como eu fiz os treinos, mas só para citar como exemplo a semana retrasada eu fechei com mais de 20 horas de treinos. Naquela semana eu fiz um dos treinos mais difíceis dos últimos tempos (uma transição de 3 horas de bike por 1 hora de corrida intervalada), e como os treinos são muitos bem equilibrados, na semana seguinte eu estava inteiro para começar tudo de novo.
Outra coisa que me deixa muito satisfeito em treinar com esta técnica é a flexibilidade. O "Team TBB" tem como técnico principal o famoso e controverso australiano Brett Sutton, que tem como filosofia o nosso famoso jargão: "Em time que está ganhando não se mexe!". Participei do fórum que eles tem e perguntei se tinha algum problema eu começar os treinos longos de bike na rua e e terminar no rolo, para complementar. A resposta que eu obtive foi a seguinte: "Se está dando certo para ti, não muda!".
No dia 5 de junho eu competirei na primeira prova do grupo "Challenge Triathlon" na Australia, em Cairns (nordeste aqui do estado de Queensland), e a prova terá as mesmas distâncias do ironman. Minha preparação está relativamente melhor do que meu último e melhor ironman no Oeste da Austrália, e existe a possibilidade de bater o meu recorde pessoal, contudo o percurso de ciclismo tem um perfil diferente, e isso pode dificultar um pouco.
Eu leio muitos blogs e vi muita gente dizendo que feriado não é para descansar e sim para treinar. Discordo plenamente! O que eu acredito é que existe uma diferença enorme entre descansar e procrastinar! Pouca gente hoje em dia discorda que descansar faz parte do treino, e deveria estar na planilha de treinos também! Só para relembrar!
Para mim, os feriados longos são períodos onde consigo qualificar os meus treinos, me alimentando melhor, descansando melhor e treinando melhor! Eu entendo que existe um fundo motivacional na expressão: "No feriado tem que treinar, e não descansar"! Contudo, para mim, esta expressão é equivocada. No meu ponto de vista, o equilíbrio entre treino e descanso é o que torna o atleta mais forte, mais resistente.
Para finalizar esta postagem, eu gostaria de saber porque ninguém tomou alguma atitude contra os "cartolas" do triatlo brasileiro??? É simplesmente ridículo o que está acontecendo contra todos os que sonham em ter o Brasil como uma das potências do triatlo mundial. Eu não entendo porque eles escolheram Portugal para desenvolver o triatlo brasileiro. Portugal é uma potência no triatlo? Quantos campeões mundiais eles tem? Porque não escolheram Nova Zelândia, Australia, Inglaterra ou Espanha??? Sabem porque o Brasil vai acabar levando no máximo três atletas para Londres? Porque não existiu renovação!!! Devemos respeitar o esforço dos atletas, mas gastar, não investir, gastar o dinheiro público com atletas como o Juraci que está buscando um recorde pessoal de participações em Olimpíadas é completamente ridículo! Sabe porque? Porque o dinheiro gasto poderia estar sendo utilizado na renovação, para buscar um medalha e não só participação. Eu estava em Mooloolaba, Australia, e assisti a ínfima participação da equipe brasileira feminina na copa do mundo de triatlo. Segundo o que eu vi e o que foi escrito em um site australiano de triatlo, os brasileiros não tiveram um nível de copa do mundo, que deveriam se focar nas copas continentais, e ainda na prova teriam diversos atletas das categorias que fizeram tempos melhores eles. Outro exemplo, só para finalizar. Correndo na categoria em Sydney, o Mauro Cavanha, foi o 20º na categoria open e 34º na amador, e a uma atleta brasileira foi a última colocada em Mooloolaba e Sydney. Eu fico chateado pois gostaria de ver os brasileiros lutando pelas primeiras posições, assim como o Bruno Mateus fez em Ishigaki, mas com a falta de senso e de gerenciamento dos cartolas do trialo brasileiro isso é sonho, ou melhor, pesadelo!
Desculpem a sinceridade, e volto com mais notícias em breve!

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Campeonato Estadual de Triathlon Olímpico - Triathlon Queensland 2010/2011


Mais uma prova no currículo! No último domingo competi no campeonato estadual de triathlon olímpico do Triathlon Queensland, em Redcliffe.
Como estou me preparando para uma competição importante em junho, pedi para minha técnica para não fazer o polimento nos treinos. Eu havia competido há duas semanas e não poderia mais perder os volumes normais, e assim até um dia antes da prova eu acabei fazendo 17 horas de treinos.
Foi uma das provas mais relaxadas que eu fiz nos últimos anos, tanto que eu só coloquei o cassete na roda de prova no sábado no fim da tarde e organizei os equipamentos à noite.
Não fiz alimentação ou hidratação diferente dos dias normais de treino, acordamos mais tarde para ir fazer o check-in e ainda paramos no meio do caminho para colocar o endereço do lugar da prova no gps pois havíamos esquecido...
Nosso plano inicial era minha esposa me levar até lá, me deixar e depois me buscar. Por isso não levei quase nada de roupas extras ou toalhas para o pós prova.
A prova:
Na prova na distância olímpica foram duas ou três largadas, e a minha foi a primeira às 6.45. A água estava com 26.4 graus e a roupa de borracha nesta temperatura não é liberada (tem que ser menor que 24). O percurso da natação tinha um formato de diamante com três bóias bem pequenas. Minha bateria não era muito povoada com uns 60 atletas.
A transição estava bem perto mas tinha que correr eu uma areia bem fofa para chegar na bike.
O ciclismo era composto por seis voltas em um percurso quase todo plano, com um pouco de vento e sem vácuo (assim como todas as provas nas categorias por idade na Austrália). Fiz um pedal firme e a nova bike teve um ótimo desempenho. Fiz a T2 no padrão sem perder tempo e fui para a corrida. O percurso da corrida era plano e composto por duas voltas. A temperatura se manteve agradável por toda a prova, o que ajudou muito.
Eu me senti muito bem nesta prova (bem melhor do que na prova anterior há duas semanas), fazendo um pedal firme e correndo bem. Na realidade até agora eu não sei os meus tempos parciais e nem o tempo total porque eu e nem a minha esposa tínhamos relógio. O meu plano era fazer um treino forte e foi exatamente o que fiz, sem tirar nem por.
Hoje eu estou me sentindo bem, sem dores, já fiz duas sessões de treino (natação e corrida) e amanhã vou saber os meus resultados.
Com relação a organização da prova posso citar que com excessão das bóias muito pequenas e de um pórtico para a chegada, o restante foi feito no padrão. Foi uma prova simples mas com alguns requisitos que esquecem nas provas do meu estado de origem, RS. Eles começam a prova bem cedo (transição abriu às 5 e fechou às 6.15), eles largam cedo e em baterias (primeira largada às 6.45 e depois a cada 5min), o vácuo não é permitido ( tinha um motoqueiro no circuito de ciclismo e era suficiente), tudo acontece de acordo com o cronograma, e tinha chip para saber os tempos com exatidão. Era uma prova considerada pequena, mas como tinham as distâncias olímpica, sprint, iniciantes e crianças, o número de atletas estava por perto de 300. Um exemplo!

Grande abraço!

domingo, 27 de março de 2011

Mooloolaba Triathlon Festival 2011

Neste final de semana participei de uma das provas ícones do triatlo mundial, o Mooloolaba Triathlon Festival. Um grande evento com aproximadamente 3 mil atletas e uma ótima estrutura para os atletas e público.
Como foi um grande evento tivemos que pegar o kit de competição e fazer o check-in da bike um dia antes. Nós decidimos não nos hospedar lá pois é muito caro e eles fazem reservas para no mínimo 3 dias. A solução foi ir e voltar nos dois dias. Não é muito longe mas foram pelo menos 1 hora e meia por trecho.
Peguei o kit e deixei a bike no sábado por volta das 11 da manhã. Fui um dos primeiros da categoria 30-34 (valia a idade do ano passado), mas uma coisa me deixou um pouco insatisfeito com a organização: não tinham os espaços determinados por ordem númerica para colocar a bike! Somente os cavaletes com numeração. Eu podia saber qual era a fila que eu deixei a bike e a categoria daquele corredor entre os cavaletes, mas não saberia a posição da bike me baseando pelos números de cada bike.
Passeamos pela exposição dos produtos de triatlo, compramos algumas coisas bem baratas na loja da Orca, almoçamos e voltamos para casa.
No dia da prova acordamos às três da manhã, tomamos um café bem rapidinho e saímos às 3.35am. Chegamos antes de abrir a transição às 5.15. Tudo parecia tranquilo até eu sair do carro para ir ao banheiro... Tinha um vento, mas um vento!!!! Comecei a torcer para ter aquele vento na volta da bike! Chequei a bike e fui para a largada às 6.54am.
A água estava ótima, quase morna e de boa visibilidade. Quando comecei a nadar senti que o trajeto era cheio de curvas e meio que perdi ritmo para poder me orientar. Ah, tinha me esquecido, o tempo estava nublado e para chuva.
Finalizei a natação e fui para a transição. Foi um longo caminho do mar até chegar na bike. A propósito, as duas tranisções foram muito longas por volta de 2 minutos (igual as de meio ironman...). Senti dor nas solas dos pés de tanto correr no asfalto! Como fiz força na natação (não fiz um tempo bom, mas pelo menos me esforcei), saí cansado para o pedal que tinha uma linda sequência de subidas e descidas até chegar na rodovia. Foi 40km ida e volta. Na ida só festa, 45km por hora, 170w de potência, já na volta só tristeza, 26km por hora e 300w de potência. O vento que quase me derrubou da bike várias vezes foi o mesmo que detonou com a meu pedal! Não soube como pedalar mais forte naquele vento! Fiz a transição e saí para correr. Para aumentar a minha tristeza também tinham subidas e descidas na corrida! Foi uma corrida muito dura contudo foi a minha melhor performance nos 10km em dois anos.
Foi uma prova muito difícil e aprendi muito sobre o que eu tenho que melhorar até Dezembro.
Aprendi que eu não vou entrar em mais nenhuma prova que não tenha que usar roupa de borracha, com vento e com lombas na corrida!!!! hahahahahahaha
Olha, só faltou o sol torrando a cabeça na corrida! Contudo acho que fui bem e depois de ter feitos tantas provas longas senti um pouco de falta de ritmo para prova curta. A prova disso é que eu me senti tão bem depois da prova que poderia continuar correndo naquele ritmo por muito mais tempo e hoje eu estou bem pouco dolorido. Olha, eu fico mais dolorido pedalando por 4 horas do que eu estou agora.
Depois da prova almoçamos. acompanhamos a copa do mundo de triatlo da ITU debaixo de muita chuva, voltamos para casa (pegamos um mega engarrafamento na volta), abrimos presentes (niver da Ni) e jantamos uma pizza!!!
Grande final de semana!
Emerson

quarta-feira, 23 de março de 2011

De volta!!!





E aí pessoal, estou de volta às postagens!!!
Nos últimos meses não tive muito tempo para parar e pensar em algo interessante para escrever, mas como faz algum tempo que eu não posto nada, pelo menos vou atualizar os fatos.
Depois da visita de duas semanas à minha melhor cidade no Brasil, Porto Alegre, voltamos para Brisbane com um integrante a mais: o Nic, meu cunhado.
Foi muito bom ter alguém de fora para podermos mostrar como vivemos e o que gostamos de fazer em Queensland. Ele teve muito azar pois estávamos programando uma visita à barreira de corais em Cairns, mas devido a passagem de um ciclone, não pudemos ir. Outras coisas que nos atrapalharam muito forão os danos causados pelos alagamentos, e assim muitas áreas turísticas não forão visitadas.
Meu cunhado ficou um pouco mais de 30 dias, e logo estava de volta à POA. Conseguiu voltar sozinho sem saber falar muito em inglês e com um conexão para fazer em Dubai!
Eu estava trabalhando até o início do mês de março. Me sentia muito insatisfeito com as atividades que eu estava realizando e o meu negócio como personal trainer não estava evoluindo, então decidi que estava na hora de sair de lá. Antes da viagem eles mudaram os donos da academia, e desde lá eu já não estava mais motivado a continuar trabalhando lá. O pior foi que eles não me pagaram pelo menos os últimos 20 dias de trabalho! Sem problemas, eu estou fazendo a publicidade deles com todas as pessoas que eu conheço com muito cuidado, lembrando de todos os detalhes... No momento estou sendo o técnico de uma aluna que é da academia, mas está se preparando para correr a maratona de Gold Coast em Julho, e continua a procurar outro local para poder trabalhar adequadamente.
Com relação aos treinos, eu iniciei um novo ciclo de treinamentos com uma assessoria online de um conhecido time de triatlo: o Team TBB. O meu objetivo neste ciclo é baixar de 10 horas no Ironman Western Australia em Dezembro. Comecei a treinar com eles, ou melhor com ela, a triatleta profissional Rebekah Keat, no início de Fevereiro, e após alguns ajustes, consegui me adaptar ao estilo "Sutto" de treinar. Tenho uma rotina muito sememlhante de quando estava fazendo os meus próprios treinos, mas agora com uma estrutura que acredito ser um pouco melhor. Este ano terei diversas provas para ganhar condicionamento físico e experiência para que eu consiga o meu melhor resultado em Dezembro. Neste final de semana eu estarei competindo em umas das provas ícones da Austrália, o Mooloolaba Tri. Será um triatlo olímpico, o qual eu não participo desde 2002! Não tenho mínina idéia do que esperar e por isso me sinto bem relaxado para executar o meu melhor. Terei a minha prova "A" do primeiro semestre em Cairs (nordeste do estado de Queensland, onde fica a barreira de corais), que será nas mesmas distâncias de uma prova de ironman. Para o segundo semetre terei em duas provas em Outubro, Noosa Tri ( segunda maior prova em número de participantes no mundo) e Gold Coast Half. Em Dezembro eu irei para Busselton, Oeste da Austrália para fazer o meu Ironman WA abaixo de 10 horas, e em Fevereiro viajaremos para Taupo, Nova Zelândia, para o Ironman New Zealand.
Finalizando, no mês passado eu fiz um "bike fit" (ajuste do atleta ao equipamento) e descobri que a minha bicicleta de triatlo (contra-relógio) é extra-grande! Aproveitei algumas reservas que eu fiz durante o meu trabalho e me dei de presente de aniversário (é agora sou 35-39), pela primeira vez na vida, uma bicicleta nova! O fabricante da marca Cervélo resolveu popularizar oferecendo as bicicletas mais utilizadas no Ironman Hawaii com uma configuração mais básica, assim consegui encontrar uma com um preço muito acessível e comprei! Achei na internet, telefonei para a loja em Newcastle, New South Wales (estado onde Sydney é a capital), e em três dias ela já estava aqui em casa. Nem usei ainda pois preciso passar o medidor de potência para ela primeiro.
Em breve volto para atualizar as notícias!
Grande abraço!