segunda-feira, 25 de abril de 2011

Algumas notícias


Faz algum tempo que eu não posto nada e vou fazer uma breve atualização.
Os treinos para as competições de triatlo que programei para este ano estão indo muito bem. Agora com mais ou menos três meses de treino com o "Team TBB", e a técnica Rebekah Keat, posso afirmar que definitivamente o investimento vale a pena. Ela tem muita experiência como triatleta profissional e bom senso na prescrição dos treinos. A filosofia que este grupo segue também me agrada muito pois eles simplificam o que a maioria dos técnicos e triatletas teimam em complicar.
Um exemplo claro sobre o que eu estou falando são os meus treinos sendo passados. A intensidade das sessões é explicada como forte, médio, fraco. O volume dos treinos são em minutos. Não tem frequencímetro! Não tem que contar kilometragem! O negócio é simplicar!
Não vou ficar aqui descrevendo treinos e exaltando como eu fiz os treinos, mas só para citar como exemplo a semana retrasada eu fechei com mais de 20 horas de treinos. Naquela semana eu fiz um dos treinos mais difíceis dos últimos tempos (uma transição de 3 horas de bike por 1 hora de corrida intervalada), e como os treinos são muitos bem equilibrados, na semana seguinte eu estava inteiro para começar tudo de novo.
Outra coisa que me deixa muito satisfeito em treinar com esta técnica é a flexibilidade. O "Team TBB" tem como técnico principal o famoso e controverso australiano Brett Sutton, que tem como filosofia o nosso famoso jargão: "Em time que está ganhando não se mexe!". Participei do fórum que eles tem e perguntei se tinha algum problema eu começar os treinos longos de bike na rua e e terminar no rolo, para complementar. A resposta que eu obtive foi a seguinte: "Se está dando certo para ti, não muda!".
No dia 5 de junho eu competirei na primeira prova do grupo "Challenge Triathlon" na Australia, em Cairns (nordeste aqui do estado de Queensland), e a prova terá as mesmas distâncias do ironman. Minha preparação está relativamente melhor do que meu último e melhor ironman no Oeste da Austrália, e existe a possibilidade de bater o meu recorde pessoal, contudo o percurso de ciclismo tem um perfil diferente, e isso pode dificultar um pouco.
Eu leio muitos blogs e vi muita gente dizendo que feriado não é para descansar e sim para treinar. Discordo plenamente! O que eu acredito é que existe uma diferença enorme entre descansar e procrastinar! Pouca gente hoje em dia discorda que descansar faz parte do treino, e deveria estar na planilha de treinos também! Só para relembrar!
Para mim, os feriados longos são períodos onde consigo qualificar os meus treinos, me alimentando melhor, descansando melhor e treinando melhor! Eu entendo que existe um fundo motivacional na expressão: "No feriado tem que treinar, e não descansar"! Contudo, para mim, esta expressão é equivocada. No meu ponto de vista, o equilíbrio entre treino e descanso é o que torna o atleta mais forte, mais resistente.
Para finalizar esta postagem, eu gostaria de saber porque ninguém tomou alguma atitude contra os "cartolas" do triatlo brasileiro??? É simplesmente ridículo o que está acontecendo contra todos os que sonham em ter o Brasil como uma das potências do triatlo mundial. Eu não entendo porque eles escolheram Portugal para desenvolver o triatlo brasileiro. Portugal é uma potência no triatlo? Quantos campeões mundiais eles tem? Porque não escolheram Nova Zelândia, Australia, Inglaterra ou Espanha??? Sabem porque o Brasil vai acabar levando no máximo três atletas para Londres? Porque não existiu renovação!!! Devemos respeitar o esforço dos atletas, mas gastar, não investir, gastar o dinheiro público com atletas como o Juraci que está buscando um recorde pessoal de participações em Olimpíadas é completamente ridículo! Sabe porque? Porque o dinheiro gasto poderia estar sendo utilizado na renovação, para buscar um medalha e não só participação. Eu estava em Mooloolaba, Australia, e assisti a ínfima participação da equipe brasileira feminina na copa do mundo de triatlo. Segundo o que eu vi e o que foi escrito em um site australiano de triatlo, os brasileiros não tiveram um nível de copa do mundo, que deveriam se focar nas copas continentais, e ainda na prova teriam diversos atletas das categorias que fizeram tempos melhores eles. Outro exemplo, só para finalizar. Correndo na categoria em Sydney, o Mauro Cavanha, foi o 20º na categoria open e 34º na amador, e a uma atleta brasileira foi a última colocada em Mooloolaba e Sydney. Eu fico chateado pois gostaria de ver os brasileiros lutando pelas primeiras posições, assim como o Bruno Mateus fez em Ishigaki, mas com a falta de senso e de gerenciamento dos cartolas do trialo brasileiro isso é sonho, ou melhor, pesadelo!
Desculpem a sinceridade, e volto com mais notícias em breve!

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Campeonato Estadual de Triathlon Olímpico - Triathlon Queensland 2010/2011


Mais uma prova no currículo! No último domingo competi no campeonato estadual de triathlon olímpico do Triathlon Queensland, em Redcliffe.
Como estou me preparando para uma competição importante em junho, pedi para minha técnica para não fazer o polimento nos treinos. Eu havia competido há duas semanas e não poderia mais perder os volumes normais, e assim até um dia antes da prova eu acabei fazendo 17 horas de treinos.
Foi uma das provas mais relaxadas que eu fiz nos últimos anos, tanto que eu só coloquei o cassete na roda de prova no sábado no fim da tarde e organizei os equipamentos à noite.
Não fiz alimentação ou hidratação diferente dos dias normais de treino, acordamos mais tarde para ir fazer o check-in e ainda paramos no meio do caminho para colocar o endereço do lugar da prova no gps pois havíamos esquecido...
Nosso plano inicial era minha esposa me levar até lá, me deixar e depois me buscar. Por isso não levei quase nada de roupas extras ou toalhas para o pós prova.
A prova:
Na prova na distância olímpica foram duas ou três largadas, e a minha foi a primeira às 6.45. A água estava com 26.4 graus e a roupa de borracha nesta temperatura não é liberada (tem que ser menor que 24). O percurso da natação tinha um formato de diamante com três bóias bem pequenas. Minha bateria não era muito povoada com uns 60 atletas.
A transição estava bem perto mas tinha que correr eu uma areia bem fofa para chegar na bike.
O ciclismo era composto por seis voltas em um percurso quase todo plano, com um pouco de vento e sem vácuo (assim como todas as provas nas categorias por idade na Austrália). Fiz um pedal firme e a nova bike teve um ótimo desempenho. Fiz a T2 no padrão sem perder tempo e fui para a corrida. O percurso da corrida era plano e composto por duas voltas. A temperatura se manteve agradável por toda a prova, o que ajudou muito.
Eu me senti muito bem nesta prova (bem melhor do que na prova anterior há duas semanas), fazendo um pedal firme e correndo bem. Na realidade até agora eu não sei os meus tempos parciais e nem o tempo total porque eu e nem a minha esposa tínhamos relógio. O meu plano era fazer um treino forte e foi exatamente o que fiz, sem tirar nem por.
Hoje eu estou me sentindo bem, sem dores, já fiz duas sessões de treino (natação e corrida) e amanhã vou saber os meus resultados.
Com relação a organização da prova posso citar que com excessão das bóias muito pequenas e de um pórtico para a chegada, o restante foi feito no padrão. Foi uma prova simples mas com alguns requisitos que esquecem nas provas do meu estado de origem, RS. Eles começam a prova bem cedo (transição abriu às 5 e fechou às 6.15), eles largam cedo e em baterias (primeira largada às 6.45 e depois a cada 5min), o vácuo não é permitido ( tinha um motoqueiro no circuito de ciclismo e era suficiente), tudo acontece de acordo com o cronograma, e tinha chip para saber os tempos com exatidão. Era uma prova considerada pequena, mas como tinham as distâncias olímpica, sprint, iniciantes e crianças, o número de atletas estava por perto de 300. Um exemplo!

Grande abraço!