sábado, 28 de janeiro de 2012

Treinando em dias de chuva

O verão aqui na Austrália é a época de chuvas. Muito mais onde nos vivemos atualmente, no estado de Queensland. Com muitas chuvas temos que nos adaptar e fazer o possível para continuar treinando, já que temos um calendário de provas a seguir. Nada de neuras por perder treinos, mas se existem possibilidades de continuar treinando, continuamos.
São treinos de pista adaptados para esteira, são treinos de bike no rolo e na natação nada muda.
O que eu percebo lendo artigos, blogs e revistas é que os treinos longos na bike são os mais difíceis de encarar por serem monótonos. Eu não gostava de treinar no rolo e ao invés de fazer o treino em casa, por causa da chuva, eu acabava perdendo o treino. Quando eu vim para cá eu comecei a treinar um pouco mais no rolo pois  aqui é bem comum. Todos os grupos de triatlo que eu conheço por aqui faz pelo menos um treino de bike no rolo por semana. De tanto fazer acabei me acostumando e percebendo um ganho de performance. Assim como todo mundo eu me sentia muito a monotonia nos treinos longos mas eu encontrei uma maneira de fazer os longos sem muitos problemas. Eu tenho uma série que ajuda a ficar prestando atenção no treino e combate a monotonia. A série é essa aqui:

Aquecimento 1: 30 minutos giro fácil na coroa pequena
Aquecimento 2: 60 minutos (30 segundos sprint 100rpm a cada 5 minutos)
Parte principal: 3x20 minutos no Limiar ou no ritmo de prova do Ironman com 10 minutos giro fácil
Soltar: 30 minutos giro fácil na coroa pequena
Tempo total: 3 horas e 30 minutos

Já fiz esta série algumas vezes até sem música dentro da garagem pois como muda o que tem que ser feito com muita frequencia a atenção fica voltada somente para o treino.
Se estiver chuvendo no próximo dia de fundo na bike tentem fazer esta série e me digam como foi.

Grande abraço!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Primeira prova do ano - Gatorade Queensland Triathlon Series, Robina

Após um mês e pouco do Ironman Busselton, voltei as provas. Não tive muito tempo de folga depois do ironman, e isto ajudou a não sofrer mais do que deveria neste triatlo sprint.
Esta prova foi uma das etapas do circuito estadual de triatlo da Gatorade (não é o campeonato estadual), e foi considerada o campeonato de clubes. Cada clube com atleta inscrito tinha direito a pontos e dependendo dos reesultados poderiam acrescer mais pontos. Foram mais de 850 pessoas participando do sprint (848 finalizaram a prova), e sem contar nas categorias estreantes,crianças, bombeiros, etc.Fiquei impressionado com o local da prova, que fica há uns 80km daqui de casa, pois a estrutura oferecida não poderia ser melhor. Logo na chegada um estacionamento com manobristas organizando o lugar dos carros para evitar congestionamentos na entrada ou na saída, e não, não precisava dar umas moedinhas para eles! A natação foi em um lago, a transição bem do lado, pedal em um ótimo asfalto no formato de "L", e corrida para o lado oposto da bike.
Me inscrevi nesta prova somente para colocar alguma motivação nos treinos, tentar "acordar" o corpo para  as provas e competir em uma intensidade que eu não estou acostumado.
Não fiz nenhuma preparação especial para a prova e fiz questão de não usar nada que eu normalmente uso nas provas em que busco algum tipo de resultado. Por isso, não usei computador na bike, usei as rodas de treino (perfil baixo), capacete normal, sem relógio, sem óculos de sol, sem viseira ou boné na corrida, bike de estrada sem clipe. E para ajudar nisso tudo, a água estava 26 graus, então não precisei da roupa de borracha.
A natação foi bem tranquila em uma largada por ondas. A minha foi a 27 de 30. Trajeto simples e fácil vsibilidade das bóias. Na T1, me enrrolei! A Niara até filmou eu procurando a minha bike! Muitas bikes enfileiradas e sem sequência de números. Bom, me esqueci de mencionar que estava chuvendo, mas isso não importava muito. Fiz um pedal firme e com muito cuidado nas curvas. O trajeto era plano com algumas irrisórias inclinações, o que tornaria o pedal muito rápido, contudo, o fato de ter que fazer 2 retornos de 180º graus e uma rotatória por cada uma das 4 voltas não me ajudou muito. Mesmo assim foi um pedal muito bom. A Niara me disse que a cada 10 atletas que passavam na rotatória, um levava um tombo. Estava muito fácil de cair da bike.

A T2 foi completamente diferente da T1, rápida e eficiente, bem como eu costumo fazer. Saí para corrida tentando impor um ritmo forte desde o início e estava tão empolgado que no retorno da primeira volta eu escorreguei e quase caí! Durante as duas voltas de 2.5km eu consegui progredir o meu ritmo e fechar a prova em uma velocidade muito firme. Para terminar, o atleta ao meu lado na transição era brasileiro também, e além disso vi mais um no percurso.
Próxima prova: Longa distância na cidade de Geelong, estado de Victória (bem ao sul de onde estamos).
Abraço!