sexta-feira, 18 de junho de 2010

State of Origin - O jogo












No dia do jogo, nos programamos para ir ao estádio caminhando, contudo após eu conversar com uma senhora na imobiliária quando fui pagar o aluguel. eu descobri que tinha um serviço de ônibus atendendo a demanda de transporte. E melhor, um dos chamados "shuttle bus", passava na estação do lado de casa. Saímos às 18.00 para evitar o tumulto pré-jogo, e para encontrarmos nossos lugares calmamente. Quando chegamos na parada já vieram dois ônibus, e então após entrarmos descobrimos que era de graça. O ônibus era direto e em 15 minutos estávamos chegando no estádio, e levamos todo este tempo por causa do tráfego, caso contrário chegaríamos em 7 minutos. Tudo muito organizado, com pessoas por todos os lados ajudando e organizando o fluxo das pessoas. Não caminhamos mais do 50 metros da estação de ônibus até o estádio. O estádio é muito bem cuidado, limpo e organizado. Olha, para mim este estádio é um exemplo porque a comunicação visual é ótima, e dificilmente alguém conseguiria se perder lá (até nós!). Como os assentos são numerados, o estádio é dividido por áreas, zonas, fileiras. O mais interessante é que em cada zona tinha um banheiro e área de alimentação. A iluminação é excepcional e como sentamos bem no meio das arquibancadas (apesar de ser bem lá em cima), tínhamos uma ótima visibilidade. O que me chamou a atenção foi como os australianos comem porcaria e bebem cerveja. Foi o jogo inteiro indo buscar comida e cerveja! Outra coisa boa é a proibição do fumo dentro do estádio.
Tinham dois telões e quando sentamos, estava ocorrendo o jogo entre os sub-18, e Queensland perdeu para New South Wales. Antes do jogos teve show de rock e canto do hino deles.
A partida foi ótima! Obviamente porque derrotamos os Aussie Blues por 34 a 6. E olha que até os 78 minutos do segundo tempo estava 34 a 0. Mas no fim eles conseguiram um "TRY" de honra...
Com esta vitória, Os Maroons, conquistaram o título do State of Origin pela quinta vez consecutiva. Aconteceram algumas brigas durante o jogo, e a torcida enlouquecia cada vez que os jogadores começavam a se socar! Eles adoram!
Para voltar, tudo foi muito tranquilo. Apesar do grande movimento de pessoas, todos são muito educados e conseguimos pegar nosso ônibus muito rapidamente. Em aprox. 20 do final do jogo estávamos chegando em nossa casa.
Foi uma excelente experiência, e acredito que em Agosto vamos ir a um jogo de AFL, o futebol deles.
Se alguém tiver alguma curiosidade a respeito do jogo, por favor me pergunte pois farei o possível para responder.

Abraço!







segunda-feira, 14 de junho de 2010

State of Origin - 2010


Desde que nos mudamos para a Australia decidimos que tentaríamos nos envolver com a cultura e os hábitos dos australianos, e não somente tentar viver como vivíamos em Porto Alegre. Esta idéia foi se confirmando a medida que o tempo foi passando, e percebemos por parte dos australianos, que apesar de não se importarem muito, as pessoas que tentam viver exatamente como viviam nos países de origem, não são muito bem vistas. Cito como exemplo a maioria dos chineses que tem a disposição a comida deles, andam sempre em grandes grupos e pior, não tentam falar em inglês quando tem oportunidade.
Escrevi tudo isto porque desde que chegamos por aqui estamos nos esforçando para entender como eles jogam os esportes mais populares como cricket (no início achava muito chato e incompreensível!), rugby, netball, AFL. Agora até consigo explicar para os outros e entender as táticas nos jogos. Assim como eu, porto-alegrense e gaúcho, os queenslanders, ou melhor, os nascidos no estado de Queensland, também são "bairristas", e este comportamento se reflete de maneira mais aguda durante um torneio de melhor de três jogos de rugby league (NRL). Esta série de três jogos chama-se "State of Origin", e acontece há muitos anos por aqui. A disputa é entre os dois estados: Queensland e New South Wales e acontece anualmente. O nome da disputa está relacionado ao lugar onde os jogadores selecionados para os jogos, iniciaram a carreira profissional no rugby. Isto é, mesmo que um jogador esteja jogando atualmente em um clube profissional de New South Wales ou Victoria, mas iniciou como profissional em Queensland, se ele for selecionado para jogar será da seleção de Queensland.
Cada estado tem a sua cor tradicional, sendo "maroon" (tipo cor de vinho tinto) para Queensland e "blue" (azul) para New South Wales.
Quando chegamos em Brisbane há um ano, logo aconteceram os jogos e ficamos muito interessados em acompanhar. Assistimos dois jogos na tv, e pensamos em ir ao estádio, mas como estávamos nos adaptando e o dinheiro estava curto(os ingressos mais baratos já estavam todos vendidos...), não fomos. Contudo, nos comprometemos que no próximo ano (este ano), iríamos, e vamos. Compramos os ingressos a três semanas e amanhã às 20h estaremos no Suncorp Stadium, o mesmo estádio dos times da cidades e do estado: Broncos (Rugby League), Reds (Rugby Union) e Roar (Soccer).
Amanhã, finalmente iremos ao estádio para assistir à uma partida de rugby, e melhor uma partida considerada épica pois os "maroons" venceram a série nos últimos quatro anos e venceram a primeira partida disputada em New South Wales. A rivalidade é como se fosse um Gre-Nal, mas infelizmente, desta vez, eu não estarei no lado azul...
Depois eu escrevo mais sobre a experiência de ir assistir um jogo de rugby aqui Brisbane.

Abraço!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Treinos de ciclismo indoor


Estou voltando aos poucos para os meus treinos de ciclismo depois de mais ou menos 4 meses parado. Estou nadando de duas a três vezes focado na técnica e com baixa intensidade e baixo volume. Na corrida, estou seguindo as orientações do fisioterapeuta que analisou a minha corrida fazendo o tradicional caminha-corre-caminha... Os treinos de ciclismo estão sendo feitos indoor de duas a três vezes por semana e uma ou duas na rua. Neste post vou explicar como os treinos funcionam e porque escolhi treinos indoor para voltar a forma.

Inicialmente, eu gostaria de mencionar que não sou muito fã de treinos indoor, e até um ano atrás eu poderia dizer que eu era contra. Porque eu estou aceitando mais este tipo de treino?

Vou colocar o que eu acho de acordo com alguns pontos positivos e negativos de treinar indoor:

Positivos- Não tem tráfego de veículos te colocando em risco, as variáveis estão controladas (potência, velocidade, distância, temperatura), o esforço é contínuo pois se parar de pedalar a velocidade pára (na rua quando descemos lombas, às vezes, não pedalamos), dá para simular diversos tipo de terreno (subidas, descidas), dá para se estimular quando está fazendo o treino em grupo (ultimamente tenho feito os treinos sozinho por que estou treinando no horário mais barato), dá para simular diversos tipos de circuito (por exemplo: Ironman Hawaii). Tudo isto é feito com a própria bike em um computrainer, e não em um rolo normal.

Negativos-Não tem o vento na cara, não é mesma coisa do que treinar na rua pelo nível de concentração, detona o pneu traseiro, treinando na rua nos dá a sensação real do que vai ser enfrentado no dia da prova, no computrainer com a mesma distância percorrida o esforço é maior e degrada muito mais.

Para concluir, resolvi experimentar o treino indoor, e acho que é uma excelente opção durante os treinos de recuperação e muito importante pelo menos uma vez por semana. Eu tenho lido diversas revistas e consultado diversos websites, e existe um consenso entre os profissionais de que o treino indoor é muito relevante para o treinamento, tanto que diversos triatletas profissionais fazem uso deste treino regularmente.


Acho que é isso.

Grande abraço!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Análise biomecânica da corrida


Estou com uma lesão importante relacionada com a corrida e estou sendo submetido a sessões de fisioterapia por algumas semanas.

Esta lesão começou a aproximadamente 2 anos e como não parei ou realizei um tratamento adequado, ela agravou. Segundo o médico do esporte daqui, o que eu tenho é uma osteitis pubis.

Os motivos são diversos: falta de alongamento, falta de fortalecimento muscular, técnica de corrida inadequada, etc.

Não tenho problemas durante a corrida pois competi algumas vezes desde o início da lesão, mas o problema é a dor pós-treino. Durante o tratamento de fisioterapia, o objetivo é reestruturar toda a região que circunda o quadril através de terapia manual. As sessões são extremamente doloridas e tenho muitos exercícios para fazer em casa também.

Para poder entender e melhorar com relação à esta lesão e previnir prováveis outras fui submetido a uma avaliação biomecânica da minha corrida. Esta avaliação foi feita por uma dos fisioterapeutas do esporte que trabalha no mesmo centro de medicina do esporte onde tenho as sessões de fisio. O processo foi extremamente simples e rápido.

Primeiro o fisio fez alguns testes na minha musculatura examinando alguns pontos de contratura muscular e depois fomos para rua. Ele me explicou qual era a direção que eu deveria correr e que ele iria filmar por diferentes ângulos para depois me explicar os resultados.

Ele filmou eu indo e voltando para ter imagens de frente e de costas, e depois fez imagens laterais da minha corrida. Logo depois ele me mostrou os resultados da filmagem e me explicou o que estava (está!) funcionando mal. Após a explicação ilustrada com imagens, ele me mostrou o que eu deveria fazer melhorar a técnica através de alguns movimentos muito simples. Me disse os grupos musculares envolvidos e porque a minha técnica precisava melhorar. De acordo com a explicação foi verificado que:

-A minha passada da perna direita está boa, mas a da perna esquerda está muito à frente da linha traçada de cima para baixo, do tronco para os pés. O que acontece quando a passada está muito para frente do tronco quando o pé toca no chão? O corpo freia o movimento, aumenta o impacto nas articulações (foi verificado que o meu joelho esquerdo estava flexionando mais do que o direito).

-De acordo com a avaliação também foi constatado que a minha posição de corrida está como se estivesse tentando me sentar, pois eu estava sobrecarregando os flexores de quadril e usando muito pouco os glúteos (talvez por estarem com a musculatura fraca).

Baseado nestas informações, o fisio me passou alguns movimentos muito simples e repeti a corrida para verificar a percepção da mudança. E melhorou. Eu mudei a posição da corrida flexionando um pouco o tronco até o ponto de sentir que a musculatura dos flexores de quadril não estava estendida ou muito firme através do toque com a ponta dos dedos.

Logo após fomos para a sala da fisioterapia e ele escreveu todas as informações, além de preecrever um programa de 4 semanas para voltar a correr.

O custo não foi muito acessível, contudo o que eu poderei economizar futuramente prevenindo lesões com certeza compensará.


Nos falamos em breve!