quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Melbourne City


Após passarmos a maior trabalheira para chegar no nosso hotel em Maroondah, conseguimos nos organizar e retornar para o centro de Melbourne, onde nos tínhamos reserva em outro hotel.
Fomos para a estação de trem em Ringwood, e após aguardar alguns minutos, pegamos nosso tranporte para a centro. Não posso deixar de registrar que os bairros próximos de Melbourne (50 minutos distante), apresentam as condições de limpeza e organização que uma cidade grande tem. Isto é, quando comparamos os bairros de Melbour com os de Brisbane a diferença é gritante. Achei Melbourne mal-cuidada e suja, contudo, eu acredito que quanto maior a cidade este tipo de problema fica acentuado.
Chegando na estação central de Melbourne, seguimos nosso mapa e após uns 10 minutos caminhando chegamos na rua "Little Bourke", onde fica o Mercure Hotel. Fizemos nosso registro e fomos largar nossas bagagens para sair e descubrir mais sobre a cidade. Como o hotel está situado no coração do centro, a movimentação de pessoas e veículos estava muito grande. Fomos conhecer as redondezas e procurar algum lugar para comer. O clima por lá estava bem mais ou menos pois com frio e alternando períodos de chuva e sol, não parecia ser o melhor para passear. Fomos até um lugar chamado "South Bank", no qual tivemos que atravessar uma ponte para conhecer. O que pudemos constatar que Melbourne, apesar de ser uma cidade suja, é um ícone quando se fala de cultura e artes de todos os tipos. E outro fato bem relevante, é que Melbourne com toda certeza é uma das cidades mais multi-culturais da Australia, oferecendo as mais diversas gastronomias e culturas. Encontramos um amigo nosso de Brisbane por aqui e fomos conhecer diversos lugares (galerias de arte, centros esportivos, estádios), caminhamos muito e conseguimos aproveitar uma tarde de tempo parcialmente firme.
No outro dia fomos para um lugar afastado da cidade, onde conhecemos diversas vinícolas (até a Chandon), experimentamos alguns vinhos, tivemos um excelente almoço, conhecemos um reserva de água bem famosa e retornamos para o hotel. À noite fomos ao ótimos restaurante italiano e comemos muito bem com um preço bem acessível.
No outro dia, com um clima terrível (vento, chuva e frio), fomos às compras! Pela primeira vez andei de "tram", que é um bonde moderno responsável pelo transporte no centro e nos bairros próximos). Com o "tram" funcionando, os ônibus são raramente vistos, e atendem somente bairros mais distantes. Pegamos o transporte e fomos para uma rua em que estão localizadas diversas lojas de segunda-qualidade, ou "outlets". Encontramos lojas da Nike, New Balance, Adidas, Brooks, etc., e ainda na rua do lado tinham dezenas de lojas femininas (ótimo para Niara!). Todas com preços muito abaixo do normal! Posso dizer que eu tenho muita paciência em andar e procurar roupas, mas com frio, chuva e vento, eu não estava com o meu melhor humor...e logo insisti para voltar para o hotel. Após chegarmos no hotel, começamos a nos preparar para sair e encontrar uma amiga de longa data que o destino colocou no mesmo país, bem longe do Brasil. A minha amiga se chama Letícia, e trabalhamos no mesmo local em POA, ela dando aulas de Yoga e eu atuando como profissional de educação física. Tivemos um ótimo jantar em uma restaurante de comida do Nepal. Conhecemos o marido dela e colocamos as nossas conversas em dia. Ela realmente está curtindo morar em Melbourne e está muito feliz. Eles foram muito gentis em nos proporcionar uma noite muito agradável, e ficamos muito contentes em saber que ela está se virando com estudo e trabalho.
Na manhã seguinte tomamos café da manhã no hotel (meu prato: ovo mexido, umas 4 tiras de bacon, duas fatias de pão integral, suco de laranja e para fechar um Mocaccino!). Saímos para um shopping por alguns minutos e pegamos uma carona para o Aeroporto. Muito legal o sistema de pedágio: o carro entra na estrada e o motorista liga para a central de atendimento e faz a solicitação para andar na estrada e após informar todos os dados recebe um número de confirmação. O pagamento é feito pelo cartão de crédito e o motorista pode comprar o passe por algumas horas ou dias. Muito interesssante!
O resto foi tudo normal: faz check-in, embarca, desembarca, pega bagagem e para finalizar ainda tivemos que correr para pegar o trem para voltar para casa!
A minha análise final sobre Melbourne é a seguinte: é um lugar ótimo para se ter acesso a tudo o que diz respeito a multi-cultura, mas na minha opinião, eu não viveria lá, por ser muito grande. É o mesmo tipo de comparação que eu faria se fosse POA e SP, pois nunca trocaria a capital dos Pampas por uma megalópole catastrófica feito SP. Melbourne é uma cidade ótima para compras, para comer e para ter acesso às artes, mas só como visita... e ainda senti muuuuita falta de Brisbane!
Que ótimo estar em casa!
Abraço!


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Treinos e afins...

A preparação para o meio-ironman Gold Coast e ironman Busselton estão indo muito bem dentro das minhas expectativas e programação.
Eu estou tratando uma lesão antiga e uma nova por volta de três meses com fisioterapia e pilates, e os resultados estão sendo bem positivos. Tenho alternado uma sessão por semana de cada porque este tipo de serviço é muito caro por aqui.
Após uma tentativa frustrada de treinar com um técnico daqui, busquei um excepcional apoio do meu técnico de triathlon em Poa, e estou conseguindo organizar meus treinos de acordo com as minhas necessidades e objetivos. Posso dizer que quando um atleta, mesmo amador como eu, começa a entender como o corpo funciona e consegue agregar este conhecimento à experiências passadas, os treinos ficam cada vez mais específicos, e por isso é tão difícil treinar com um técnico ou com um grupo as três modalidades. Vou contar como os meus treinos estão neste momento.
O professor Marcelo Diniz está me ajudando com meu planejamento e eu estou organizando as sessões de treino de acordo com os volumes e intensidades propostas. Isto é, eu tenho autonomia para realizar os meus treinos desde que estejam de acordo com o planejamento. Eu acho que esse é o caminho que vai me dar bons frutos no futuro, pois ninguém melhor do que eu para entender meu próprio corpo, você não concorda?
Atualmente tenho uma rotina de 4 treinos de natação, 4 treinos de corrida e 3 treinos de ciclismo, sendo divididos da seguinte maneira:

-Natação: segunda à quinta (limiar às terças)
-Ciclismo: terça (força), quinta (limiar) e sábado (transição)
-Corrida: segunda (aeróbio), quarta(intervalado/lomba), sexta (longo) e sábado (transição)

Tenho feito a natação sozinho em uma ótima piscina perto de casa, a corrida também tenho feito sozinho (às vezes com Niara) e os treinos de ciclismo eu tenho feito alguns no computrainer.
Esta rotina descrita acima está de acordo com o que eu entendo ser bom e suficiente até o momento para mim, e não tenho nenhuma intenção de dizer que este tipo de programa é melhor ou pior que os outros, contudo, quando mais customizado o programa for, melhor será para atender as necessidades de um atleta especificamente.
Grande abraço e bons treinos!

P.S.: Hoje foi um dia que descreve muito bem como eu gosto de treinar. Fui para uma lomba aqui perto de casa sozinho e fiz meu treino. Sem relógio, sem monitor cardíaco, sem parcerias, sem espectadores, sem interrupções, só eu e a lomba!!! Foram 10 subidas mantendo a velocidade e trabalhando a minha técnica de corrida, e posso dizer que este treino foi perfeito!

sábado, 7 de agosto de 2010

Churrascaria em Brisbane

Neste sábado fomos à uma churrascaria aqui em Brisbane. Segundo os proprietários, a churrascaria seria baseada no padrão gaúcho de churrasco.
Reservamos com uma boa anteciapação e fomos. Chegando lá pudemos perceber que o restaurante é bem similar aos nossos no que diz respeito ao cardápio e disposição das mesas.
A primeira pessoa que veio nos atender me perguntou, em inglês, se eu sabia como o restaurante funcionava, e eu respondi que sim pois sou de POA. Daí a guria começou a falar em português, e assim como ela, quase todos os funcionários são brasileiros.
Pedimos o espeto corrido e ficamos esperando para ver qual era diferença com relação as carnes que normalmente comemos. Bom, tinha alcatra, picanha (muito boa), coração de galinha, frango, filé com alho, porco, ovelha, cupim. A carne era muito boa e pelo fato de ser feita na brasa, o gosto pareceu melhor do que conhecíamos por aqui. Os pontos negativos da comida foram os seguintes: o salsichão é como as salsichas daqui, isto é, nem um pouco parecido com o nosso do sul, não tem costela, serviram pão de queijo, caçava (batata frita cortada grande e aipim frito), e arroz com alho (estilo mineiro)! Segundo a Niara a composição das comidas foi semelhante à Minas Gerais. Assim como os donos, que são de Goiás, a música sertaneja dominou no tempo que estávamos por lá...isto para mim foi outro ponto negativo do restaurante.
Nossa avaliação foi que o restaurante é muito bom (apesar dos pontos negativos), contudo o custo nos fará aparecer por lá apenas a cada dois meses.
O nome do restaurante é "Mundo Churrasco", e quem aparecer por aqui, e quiser matar a saudade de comer um churrasco parecido com o nosso, é uma boa opção.
Abraço!

Melbourne, Victoria (Maroondah)


Este é o post em que vou descrever a nossa "saga" realizada para ir e estar em Melbourne e arredores.

Nos organizamos muito adequadamente para esta viagem pois a Niara sabia que o teste prático de medicina seria em perto de Melbourne, estado de Victoria. Em nossa preparação, compramos as passagens aéreas e reservamos os hotéis (um em Maroondah City Council, local da prova e outro em Melbourne CBD), e ainda visitamos os websites sobre o transporte público nas cidades acima mencionadas (melhores opções de transporte).

Acordamos dia 30/07 às 5.00, pois o trem que ia para o Aeroporto Doméstico passava em uma estação aqui perto às 7.00 (sabe como é né, mulher se arrumando tem que ser duas horas antes...), e ainda teríamos que caminhar uns 30 minutos para chegar na estação de trem em South Bank (arrastando as malas...). Pegamos o trem e em 35 minutos chegamos no aeroporto.

Como estava com serração os voos atrasaram por volta de 60 minutos, e acabamos saindo às 10.10. Depois de quase 2h30min de viagem chegamos em Melbourne, Tullamarine. Pegamos as bagagens e fomos para o transfer que ia do aeroporto para uma estação de trem onde pegaríamos o trem para Maroondah. O tranfer (um ônibus) que ia para a Southtern Cross Station levou 20 minutos e tivemos muita sorte pois devido a uma greve o transporte público naquela sexta-feira era de graça.

Esperamos uns 20 minutos em uma mega estação de trem que pelo que pudemos constatar, tem 15 plataformas!!! Estação de trem é localizada ao lado do Etihad Stadium, bem popular no rugby. Em nossa viagem de 50 minutos até Ringwood station pudemos ver que Melbourne, por ser uma cidade grande (segunda na Australia), não é bem cuidada. Muitas pichações, prédios velhos e sujeira. Chegamos em Ringwood, e saímos para caminhar mais uma vez...até o hotel. Teoricamente seria uma caminhada de um 1km, mas devido a nossa falha de informação nos direcionamos para o lado errado da estrada. Este "pequeno" detalhe do lado da estrada nos gerou mais ou menos 1h30min de caminhada, pois como era uma rodovia, não tinha um lugar perto para curzar a estrada e tivemos que caminhar uns 3km até uma sinaleira e voltar uns 2km até o hotel...Naquela hora comecei a odiar aquele lugar...mas como que não tem uma passarela??? E outra, o hotel era perto do hospital em que a Niara teria o teste, contudo, era longe de todo o resto!!! Supermercado, lugar para comer, etc... O clima foi outra coisa contra pois não ficava com sol, ou chuviscando, ou frio, mudava toda hora. E que quarto de hotel gelado...

Bom, depois de quase 12 horas a partir de acordar, chegamos no Ringwood Motor Inn.

Como tenho muitas novidades sobre a viagem vou dividir em duas postagens.


Na semana que vem conto mais histórias sobre a nossa viagem para Melbourne.