segunda-feira, 15 de março de 2010

Um longo caminho até POA...

Saímos de casa para pegar o trem até o aeroporto internacional, na quinta-feira à tarde. Como nosso voo era às 20.30, saímos às 16.20 de casa para garantir, e antecipar o check-in. Como tínhamos várias coisas para ajeitar em casa (malas, presentes, etc), não pegamos dinheiro para pagar o trem e isto nos causou um mega estresse. Caminhamos por volta de 900 metros até a estação mais próxima, a Park Road, mas apesar de perto, carregando quatro malas em um trajeto com subidas e descidas foi bem complicado. Chegando lá tentamos comprar os tickets com cartão e eles não aceitaram, pois somente poderíamos pagar com dinheiro. Tentamos carregar nossos cartões de transporte público e a máquina não aceitou o cartão... Bom, tive sair da estação e procurar um caixa eletrônico. O problema foi que no local da estação não havia sequer um...corri,corri e achei um hospital, o Princess Alexandra, e após subir cinco lances de escada, atravessar uma passarela, consegui encontar um caixa no hall do hospital. Até aí a Niara que estava apavorada com a idéia de perdermos o trem e nos atrasarmos muito para o check-in, já tinha me ligado duas vezes. Quando comecei a voltar ela me liga de novo e diz: "Tu tens que chegar aqui em 10 minutos, se não vamos perder o trem! - Bom, eu levei uns 18 minutos para chegar no lugar, então comecei a correr. Daqui a pouco ela me liga de novo: "Onde tu tá? - e eu: "Tu não disse para eu correr? Eu tô correndo! Mas eu não consigo correr e ficar atendendo o telefone!!! Desliguei e acelerei para chegar a tempo. Consegui um atalho e cheguei com alguma sobra de tempo e hiperventilando! Mas cheguei!
Pegamos o trem e demoramos mais ou menos uma meia hora até o aeroporto.
Fizemos nosso check-in, e esperamos nosso voo até Dubai. Quase 14 horas depois, chegamos em Dubai que estava "bombando", nunca havíamos visto tanta gente lá! Acho que na ida para Brisbane era de madrugada por isto não tinha tanta gente. Passeamos pelo Duty Free, fizemos um lanche bem saudável às 7.30, hamburger, fritas, refri e um muffin de chocolate! Eu estava louco de fome e a espera para o outro voo seria de 5 horas.
Bom, apos a longa espera entramos na sala de embarque e o idioma que ouvimos todos os dias por quase dez meses foi substituído por um mais comum para os nossos ouvido: o português. Tinham vários brasileiros no voo para Guarulhos.
Mais 14 horas de voo e chegamos ao caos!!! Não tô falando do Brasil! Tô falando de Guarulhos! Balcão da TAM com fila única e completamente lotado!!! Desorganização plena! Se eu fosse uma pessoa que acreditasse que a desordem impera em algum lugar, o balcão da TAM seria o primeiro lugar que eu pensaria! Nos chamaram no meio da fila pois o voo estava sendo fechado, e o pateta do atendente demorou mais de 5 minutos para ler os nomes no passaporte e verificar os tickets, e o resultado: Fecharam o voo, e o pateta não consegui lançar as passagens! Bom, após algumas verificações, mandaram abrir o voo e conseguimos correr para o embarque! Ufa, era só que faltava ficar em Guarulhos depois de quase dois dias viajando!
Voo tranquilo, assim como todos que tivemos desde Brisbane. Claro que tivemos algumas turbulências, mas nada muito forte. Durante o percurso passamos por cima da Australia, India, Oceano Índico (aqui tivemos as maiores turbulências) Oriente Médio (Deserto do Saara, Mar Vermelho), Africa, e quase 7 horas sobre o Oceano Atlântico.
Fora o sono e o cansaço não tivemos nenhum problema adicional com o jet leg, e ainda nos adaptamos muito rapidamente ao novo fuso. Eu fiquei com os tornozelos um pouco inchados, mas em algumas horas retornou ao normal.
Apesar de longa a jornada foi válida pois além de poder ver a minha família depois de quase um ano, pude participar de um momento muito especial na vida de um casal de amigos. Como participei de forma decisiva no início de tudo, nos sentimos muito felizes de participar do casamento deles!
Bom, assim como escrevi no meu orkut: Em POA, mas não por muito tempo!

Abraços!

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