terça-feira, 1 de junho de 2010

Análise biomecânica da corrida


Estou com uma lesão importante relacionada com a corrida e estou sendo submetido a sessões de fisioterapia por algumas semanas.

Esta lesão começou a aproximadamente 2 anos e como não parei ou realizei um tratamento adequado, ela agravou. Segundo o médico do esporte daqui, o que eu tenho é uma osteitis pubis.

Os motivos são diversos: falta de alongamento, falta de fortalecimento muscular, técnica de corrida inadequada, etc.

Não tenho problemas durante a corrida pois competi algumas vezes desde o início da lesão, mas o problema é a dor pós-treino. Durante o tratamento de fisioterapia, o objetivo é reestruturar toda a região que circunda o quadril através de terapia manual. As sessões são extremamente doloridas e tenho muitos exercícios para fazer em casa também.

Para poder entender e melhorar com relação à esta lesão e previnir prováveis outras fui submetido a uma avaliação biomecânica da minha corrida. Esta avaliação foi feita por uma dos fisioterapeutas do esporte que trabalha no mesmo centro de medicina do esporte onde tenho as sessões de fisio. O processo foi extremamente simples e rápido.

Primeiro o fisio fez alguns testes na minha musculatura examinando alguns pontos de contratura muscular e depois fomos para rua. Ele me explicou qual era a direção que eu deveria correr e que ele iria filmar por diferentes ângulos para depois me explicar os resultados.

Ele filmou eu indo e voltando para ter imagens de frente e de costas, e depois fez imagens laterais da minha corrida. Logo depois ele me mostrou os resultados da filmagem e me explicou o que estava (está!) funcionando mal. Após a explicação ilustrada com imagens, ele me mostrou o que eu deveria fazer melhorar a técnica através de alguns movimentos muito simples. Me disse os grupos musculares envolvidos e porque a minha técnica precisava melhorar. De acordo com a explicação foi verificado que:

-A minha passada da perna direita está boa, mas a da perna esquerda está muito à frente da linha traçada de cima para baixo, do tronco para os pés. O que acontece quando a passada está muito para frente do tronco quando o pé toca no chão? O corpo freia o movimento, aumenta o impacto nas articulações (foi verificado que o meu joelho esquerdo estava flexionando mais do que o direito).

-De acordo com a avaliação também foi constatado que a minha posição de corrida está como se estivesse tentando me sentar, pois eu estava sobrecarregando os flexores de quadril e usando muito pouco os glúteos (talvez por estarem com a musculatura fraca).

Baseado nestas informações, o fisio me passou alguns movimentos muito simples e repeti a corrida para verificar a percepção da mudança. E melhorou. Eu mudei a posição da corrida flexionando um pouco o tronco até o ponto de sentir que a musculatura dos flexores de quadril não estava estendida ou muito firme através do toque com a ponta dos dedos.

Logo após fomos para a sala da fisioterapia e ele escreveu todas as informações, além de preecrever um programa de 4 semanas para voltar a correr.

O custo não foi muito acessível, contudo o que eu poderei economizar futuramente prevenindo lesões com certeza compensará.


Nos falamos em breve!

Um comentário:

Marcus Faoro disse...

Falaaaa Emerson, cara dica... começa a escrever teus posts em inglês, vai te ajudar aí na Aussie.

abs